Álvaro Beijinha, Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, integrou a comitiva da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) que, no dia 16 de novembro, esteve reunida com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, no sentido de apresentar um conjunto de preocupações, que se prendem com cuidados primários e cuidados hospitalares ao nível local e regional.
Ao nível dos cuidados de saúde primários, Álvaro Beijinha expôs o já antigo problema da “falta de médicos e do número significativo de pessoas sem médico de família. Há a perspetiva, por parte do Governo, de que em 2018 todos os portugueses possam vir a ter médico de família. Esse é o cenário desejável. Até lá, a nível local, vão manter-se os médicos cubanos e a contratação de médicos já reformados”. Outro dos assuntos em cima da mesa foi o Centro de Saúde de Alvalade, “um projeto há muito para ser concretizado. É a extensão com instalações mais precárias, a obra está adjudicada e vai começar em breve”. Quanto ao Centro de Saúde de Santiago do Cacém, “também é um edifício com vários problemas. Havia um projeto inicial para obras no edifício, inclusive para fazer uma ampliação, com 1.º andar. A CMSC entende que essa não é a melhor opção e propôs a disponibilização de um terreno para a construção de um novo Centro de Saúde. A ideia foi bem acolhida”, revela o Presidente da CMSC, que sublinha o facto de “o Centro de Saúde de Santiago do Cacém estar mapeado enquanto prioridade do quadro comunitário Alentejo 2020. Há a perspetiva de, entre 2017 e 2018, haver possibilidade de candidatura a esses fundos comunitários e de avançar para projeto e obra”. Em relação ao Centro de Saúde de Santo André, “também é um edifício que apresenta alguns problemas, nomeadamente a cobertura que ainda é em amianto. Também esse está mapeado enquanto prioritário e poderá vir a ter acesso aos fundos comunitários”.
No que diz respeito aos cuidados hospitalares, Álvaro Beijinha e os restantes Presidentes de Câmara do Alentejo Litoral manifestaram a sua “preocupação, uma vez mais, em relação à urgência e ao tempo de espera dos utentes, principalmente pela falta de médicos”. O Presidente da CMSC reconhece que “têm sido dados passos importantes, com o reforço de algumas especialidades, mas ainda há muito a fazer. A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) tem, a nível nacional, o 2.º rácio mais baixo de financiamento por habitante. Isto faz com que a ULSLA esteja subfinanciada em relação a outras regiões do país. O Secretário de Estado comprometeu-se a reavaliar esta situação”. Na Urgência, as reivindicações voltaram a incidir num “problema de raiz, uma vez que o espaço está subdimensionado para aquilo que são as necessidades, o que agrava os problemas. Há um projeto desenvolvido para a ampliação da Urgência, que está aprovado, tem condições para arrancar há mais de um ano e está preso no Ministério das Finanças. Não faz sentido. O Secretário de Estado comprometeu-se connosco no sentido de falar com o seu colega da área das finanças, no sentido de desbloquear o processo”. Os autarcas do Litoral Alentejano levaram ainda outras preocupações a Manuel Delgado, nomeadamente “a falta de outros profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros e auxiliares”.