Com caráter de urgência, a Comissão de Saúde solicitou uma reunião com o Ministro da Saúde e o Ministro das Finanças, com o objetivo de resolver os problemas que afetam há tantos anos, e que se arrastam sem solução à vista, os serviços de saúde na região do Alentejo Litoral.
A Comissão de Saúde elaborou uma resolução que os eleitos da CDU, PS, Coligação Santiago do Cacém Mais e BE, a 18 de Maio, aprovaram por unanimidade em Assembleia Municipal. A resolução reivindica:
– Médico Pediatra de apoio ao Serviço de Atendimento à Criança Doente 24h/365 dias;
– Admissão imediata de Enfermeiros, Médicos, Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos;
– Restabelecimento da totalidade de vagas dos vários serviços do Hospital do Litoral Alentejano;
– Criação de condições para o cumprimento dos tempos máximos de resposta nas consultas, cirurgias e exames complementares de diagnóstico das várias especialidades, como Cardiologia, Gastroenterologia, Urologia, entre outras;
– Construção do Centro de Saúde de Santiago do Cacém;
– Beneficiação da Extensão de Saúde de Vila Nova de Santo André.
A Comissão de Saúde aponta o degradar do Serviço Nacional de Saúde, ao longo do tempo, no Litoral Alentejano. “A Unidade de Saúde Local do Litoral Alentejano, E.P.E. (ULSLA), atingiu o limiar da rutura, que limita o acesso da população a cuidados de saúde condignos, especialmente devido ao défice crónico de profissionais médicos, de enfermagem, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes operacionais e assistentes técnicos. A carência dos profissionais levou ao encerramento de cerca de 30 camas em várias valências, com os utentes, por vezes, internados em condições provisórias e precárias no Serviço de Urgência. Os profissionais médicos em funções na ULSLA são, neste momento, 50% do estimado necessário para responder adequadamente à população. Tal situação coloca em causa a idoneidade formativa do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), que garante a capacidade da instituição formar novos especialistas. Os profissionais, que estão a trabalhar, têm uma carga de horas que se traduz em alguns casos em absentismo ao serviço por sobrecarga e esgotamento. A estas preocupações acresce o aumento da população durante a época balnear que coloca ainda mais pressão nos Serviços de Saúde do Litoral Alentejano,” lê-se no documento da resolução.
A degradação da prestação de cuidados de saúde tem levado a manifestações de desagrado por parte da população e autarcas dos cinco Municípios do Litoral Alentejano, dos quais se destaca a resolução aprovada pelos utentes, trabalhadores e autarcas na última concentração do dia 6 de abril de 2018.
A Assembleia Municipal de Santiago do Cacém espera que o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças deem despacho favorável à resolução apresentada pela Comissão de Saúde.