O Fórum “Envelhecimento Ativo e Políticas Locais” realizou-se, dia 26 de junho, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém. A iniciativa fez parte do projeto Contrato Local de Desenvolvimento Social de 4.ª Geração (CLDS-4G), cofinanciado pelo Programa Operacional de Inclusão Social e Emprego, Portugal 2020, Fundo Social Europeu e República Portuguesa, tem como entidade executora a Câmara Municipal de Santiago do Cacém e a ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano é a entidade coordenadora. O Fórum pretendeu discutir a necessidade de mudar a forma como pensamos na idade, como construímos e implementamos políticas. A Vereadora da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, com o pelouro da Ação Social e Saúde, Sónia Gonçalves, fez a abertura deste Fórum, que contou com a presença do Vice-Presidente Albano Pereira, da Vereadora Mónica Pires de Aguiar, de Luísa Malhó, Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal, e de Raquel Hilário, em representação da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano (ADL). Estiveram, igualmente, presentes Presidentes de Junta de Freguesia, responsáveis das IPSS do Concelho e da área social, assim como pessoal técnico da área da gerontologia.
A Vereadora com o pelouro da Ação Social e Saúde, Sónia Gonçalves, durante a sua intervenção salientou que “Não é só a longevidade que importa, também é o quão ativos, saudáveis e felizes conseguimos ser, é preciso garantir a qualidade de vida nestes anos a mais, e é importante não só pensar nos mais velhos atuais, mas também nos futuros.” Referindo-se ao atual quadro demográfico e social afirmou que este “obriga-nos a pensar como se organiza uma sociedade com uma população com cada vez mais idade e se garante um envelhecimento físico, mental e socialmente ativo, saudável e com qualidade.”
Relativamente aos números do envelhecimento da região Alentejo, onde o problema do envelhecimento se distingue do quadro nacional, o Município de Santiago do Cacém agrava essa tendência com 236 idosos para cada 100 jovens, mais 78 do que há 20 anos e mais 213 comparativamente à década de 60. Para Sónia Gonçalves “as tendências de acentuado envelhecimento da população permanecerão no futuro próximo, fruto do aumento da longevidade que por um lado, traduz a melhoria dos níveis de condições de vida, mas por outro lado, coloca desafios, nomeadamente às políticas públicas, no sentido de assegurar quadros de vida individual, familiar e coletiva, saudáveis e com qualidade para todos.”
O Fórum “Envelhecimento Ativo e Políticas Locais” foi moderado no 1.º Painel por Paula Guimarães, formadora e docente no domínio da Gerontologia, Economia Social e Sustentabilidade. Este Painel teve como título “Como se prepara uma sociedade mais envelhecida?”, no qual foram apresentados os temas: “A Conquista da Idade – Viver mais tempo, uma Oportunidade” , por Maria João Quintela – Presidente da Associação Portuguesa de Psicogerontologia. As “Parcerias e Governação Integrada: a importância das políticas locais para o Envelhecimento Ativo”, por Ana Cláudia Ribeiro – Diretora de Departamento do Serviço de Intervenção Social e Saúde da Câmara Municipal de Almada, e “Compreender o Envelhecimento em torno da Árvore da Vida” – perspetiva demográfica sobre a alteração do significado da idade, por Filipe Ribeiro – Professor no Laboratório Demográfico do Departamento de Sociologia da Universidade de Évora.
O 2.º Painel intitulado “Exemplos de Boas Práticas do Envelhecimento Ativo” teve como moderadora Teresa Bernardo, coordenadora da Unidade de Medicina de Ambulatório do Hospital do Litoral Alentejano. Foram apresentados os temas: Projeto “Reabilitar para a Vida” (Realidade Virtual) Parcerias para o Impacto da Inovação Social no Centro Humanitário de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa, por Isabel Pereira, Terapeuta Ocupacional, e Vânia Serrano, Educadora Social. Foi, também, apresentado o projeto ASAS – Academia Sénior de Artes e Saberes pela sua presidente Laura Miranda. O painel contou com a apresentação do projeto CLDS-4G por Cláudia Silva, coordenadora do Projeto. No final a moderadora aproveitou a oportunidade para fazer uma breve apresentação da “Estratégia da ULSLA (Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano) para a pessoa com doença crónica”.
O Fórum contou com momentos musicais a cargo do grupo “Vozes Além-Tejo” no período da manhã. À tarde, o grupo Vizinhas da Senhora do Monte ofereceu trabalhos realizados, no âmbito do CLDS-4G, aos técnicos que colaboraram no projeto. O grupo musical da Academia Sénior de Artes e Saberes (ASAS), de Vila Nova de Santo André, constituído pelo grupo vocal e pelo grupo de guitarras, fez o encerramento do Fórum.