O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, tem agendada, para o dia 27 de maio, uma reunião com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins. As obras inacabadas na Estrada Regional 265-1, entre Santo André e Sines, serão o “prato forte” do encontro.
Álvaro Beijinha relembra que “este é o principal acesso, por exemplo, de 70 % da mão de obra do complexo industrial e portuário de Sines. Estamos a falar de milhares de pessoas, diariamente”. Nos últimos anos, “têm sido sucessivas as intervenções da Câmara e da Junta, junto do Governo e da Estradas de Portugal (agora Infraestruturas de Portugal), reivindicando e exigindo solução para o problema. O Presidente da CMSC está “com esperança de que este novo Governo possa estar mais sensível para esta situação, que é vergonhosa e inaceitável”.
No mês passado, o Presidente da CMSC e o Presidente da JFSA, Jaime Cáceres, estiveram reunidos com o Presidente da Infraestruturas de Portugal, exigindo uma vez mais, entre outros assuntos, a resolução para este problema. Álvaro Beijinha lamenta que “a sucessão de reuniões com ministros, secretários de estado, Infraestruturas de Portugal, concessionária, etc. não tenha ainda surtido efeito”, mas não hesita em afirmar que pretende “levar este caso até às últimas consequências, vamos conseguir dar a volta por cima”, classificando ainda de “ridícula” a questão dos pinos ao longo da estrada, lembrando que “nunca foi pedido o perfil de autoestrada para aquele troço. Exigimos, como sempre temos exigido, a retirada imediata dos pinos, a conclusão das obras em definitivo e o regresso do limite de 90 km/h”. A obra tem conhecido avanços e recuos ao longo de quase seis anos e os danos materiais e humanos têm vindo a intensificar-se nos últimos meses.
O Presidente da CMSC sublinha que “está há muito tempo esgotada a paciência dos utentes da via, das autarquias e de todos aqueles que, por algum motivo, utilizam esta estrada”. Álvaro Beijinha fala mesmo de “uma afronta à população e às autarquias locais, que têm sido alvo de uma falta de respeito e consideração sem precedentes”.
Além de todas estas diligências institucionais, recorde-se que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém e a Junta de Freguesia de Santo André promoveram, em maio de 2014, uma marcha lenta ao longo do troço, tendo a população organizado também um protesto, em fevereiro de 2015, que vai agora repetir-se no dia 30 de abril.