O Ministério da Saúde deu ordem aos delegados de saúde para deixarem de comunicar dados sobre a pandemia do COVID-19 às autarquias. Uma decisão que apanhou de surpresa o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que considera esta atitude como a imposição da “lei da rolha”.
Confrontado, ao final da tarde, de ontem, com a decisão da Ministra da Saúde, Marta Temido, Álvaro Beijinha, lamenta profundamente o caminho, da “Lei da rolha”, escolhido pelo Governo, que impede a divulgação de informação fidedigna, que contribuía diariamente para a informação atualizada da população acerca da evolução do surto de COVID-19 no nosso território.
De acordo com Álvaro Beijinha “esta situação é lamentável e põe em causa as medidas de apoio a casos que estejam confinados e possam precisar de auxilio”.
Por imposição da Direção-Geral da Saúde (DGS), o Município de Santiago do Cacém vê-se confrontado com a dificuldade de publicar, com dados fidedignos, os resultados dos casos confirmados e recuperados referente ao COVID-19, informação reportado diariamente pela Unidade de Saúde Pública Local. “Violação do segredo estatístico” é a explicação dada por Marta Temido na conferência de imprensa de hoje.
Uma explicação que o Presidente da Câmara Municipal considera “pouco claro e consistente” que em nada contribui para o princípio de transparência e do direito de informar a população.