O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, reuniu, dia 1 de julho, com o Presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, onde foi abordada a questão do estado das estradas nacionais no Concelho de Santiago do Cacém e a necessidade de proceder-se à recuperação dessas vias de acesso essenciais à população.
Preocupações que também haviam sido levadas ao Ministro da Infraestruturas e Habitação, Pedro Nunes, durante a reunião que o Autarca teve no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL ) sobre o traçado da ferrovia e as obras inacabadas da A26.
Álvaro Beijinha apresentou ao responsável da Infraestruturas de Portugal (IP) quatro situações consideradas “mais urgentes”. Do relatório apresentado foram assinaladas a Estrada Nacional (EN) 261, que liga Santiago do Cacém à Cascalheira por Deixa o Resto, a EN 120 que liga a localidade da Sonega ao Cercal do Alentejo, a EN 390 que faz a ligação de Abela ao Cercal pela zona da Barragem de Campilhas, que tem parte do troço muito danificado, e a EN 262 que liga Cercal do Alentejo a Alvalade. Sobre a intervenção nestas estradas “no início da reunião foi-nos transmitido que não haveria, até 2021, qualquer intervenção no nosso Concelho facto que me levou manifestar desagrado. Entretanto, no decorrer da reunião os responsáveis da IP mostraram abertura para reequacionarem a situação e, talvez para o ano, avançarem com intervenções nas estradas mais problemáticas. Vamos ficar a aguardar com atenção”, sublinha Álvaro Beijinha.
Uma vez mais a questão da circular à Cidade de Santiago do Cacém foi colocada, “não podem esquecer que esta é uma aspiração antiga da Câmara Municipal, a via está contida no Plano de Urbanização da Cidade onde inclusive apresentamos duas alternativas, uma a norte e outra a sul. Nunca deixaremos de batalhar por este projeto apesar de sabermos da falta de recursos que a IP atravessa neste momento, mas por ventura no novo Quadro Comunitário poderá existir financiamento para investimentos na rodovia”, realça Álvaro Beijinha.
Relativamente ao troço da EN 261/5 ou A26 dentro da Cidade de Vila Nova de Santo André, o que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia “têm vindo a defender é o estudo e a criação de uma alternativa ao traçado atual, que passe, por exemplo, por criar uma alameda ou avenida que permita a mobilidade pedonal de uma forma segura e fácil entre os dois lados da Cidade, que é o que não acontece atualmente”, explicou o Presidente da Câmara.
Quanto à conclusão da A26, tal como o havia sido transmitido pelo Ministro Pedro Nunes, o responsável da IP de Portugal, António Laranjo, voltou a confirmar que em relação a essa obra “existem questões jurídicas ligadas à concessão e não nos foram dadas quaisquer garantias”, esclareceu Álvaro Beijinha.
Para esta reunião o Autarca levou, ainda, preocupações que já tinha abordado com o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nunes, numa reunião anterior como é caso do traçado da ferrovia. “Soubemos que haveria a intensão de colocar novamente à discussão o traçado que é completamente rejeitado pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, este traçado passa pela zona do Badoca Park e atravessa as quintas históricas e acabando por criar uma divisão entre as cidades de Santiago do Cacém e a de Vila Nova de Santo André, e quisemos reiterar a nossa posição sobre essa intensão. Foi-nos confirmado, entretanto, que o traçado definido, cujo projeto está praticamente concluído, irá aproveitar a ligação Sines / Ermidas-Sado”, conclui o Presidente da Câmara Municipal.
Oiça as declarações do Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha