O Auditório Municipal cumpre o compromisso do Município com a população: um recurso ao serviço das artes e da cultura.
É missão do Auditório Municipal António Chainho constituir um espaço de cultura, de aprendizagem e de atualidade artística, prestando um serviço público e promovendo o acesso da população a diferentes atividades culturais.
A programação do Auditório Municipal António Chainho é pautada pela qualidade e diversidade dos diferentes tipos de arte, com destaque para o cinema.
Com a atribuição da designação de António Chainho ao Auditório Municipal, o Município de Santiago do Cacém pretende prestar uma homenagem ao mestre da guitarra portuguesa, tendo como fundamento a valorização de um marco da identidade local, assim como estimular a aproximação dos munícipes e de quem nos procura ao inigualável património cultural do município de Santiago do Cacém.
O Auditório tem capacidade para 242 lugares, incluídos três lugares para pessoas com mobilidade reduzida.
O edifício é composto de dois pisos que albergam, além do palco e de espetáculos, uma cabine de projeção e uma cabine de som e luz, um camarim, uma sala de reuniões e a sala da direção.
A antecâmara de entrada, que serve de espaço de transição do exterior para o interior do edifício, comunica diretamente com a bilheteira, permitindo que o público adquira ingressos num espaço resguardado, sem haver necessidade de entrada no espaço do foyer, com o qual comunica.
O foyer, destinado à receção e permanência de público, possui, para o efeito, uma zona de informações/ bengaleiro, uma cafetaria e instalações sanitárias. Constitui-se ainda como a zona de acesso à sala do Auditório.
No segundo piso, existe uma zona que é uma extensão do próprio foyer e comunica visualmente com o mesmo através de uma galeria.
Programação do Auditório Municipal António Chainho
JANEIRO 2025
Programação mês de janeiro 2025
KRAVEN – O CAÇADOR
04 JAN. | Sábado | 21h30 | Ação | Thriller | 127 min | M14
https://ticketline.sapo.pt/evento/kraven-o-cacador-89744
Realização: J.C. Chandor
Interpretação: Aaron Taylor-Johnson, Russell Crowe, Ariana DeBose, Fred Hechinger, Alessandro Nivola, Christopher Abbott, Levi Miller
Sinopse: A origem de um dos vilões mais famosos da Marvel. Aaron Taylor-Johnson interpreta Kraven, um homem cuja complexa relação com o seu impiedoso pai, o gangster Nikolai Kravinoff, o leva a enveredar por um caminho de vingança com consequências brutais, motivando-o a tornar-se não só o maior caçador do mundo, mas também um dos mais temidos.
MUFASA: O REI LEÃO
05 JAN. | Domingo | 11h00 | 15h30 | Drama | Aventura | 118 min | M6
https://ticketline.sapo.pt/evento/mufasa-o-rei-leao-vp-89746
Realização: Barry Jenkins
Vozes: Pedro Bargado, Ricardo Monteiro, Bruno Huca, Cláudia Semedo, Deolinda Kimzimba, João Pereira, Luis Henrique, Matay e Dino D’ Santiago
Sinopse: A história apresenta Mufasa como uma cria órfã, perdida e sozinha até conhecer um leão simpático chamado Taka – herdeiro de uma linhagem real. Este encontro casual dá início à viagem de um grupo de desajustados em busca do seu destino, uma jornada onde os laços serão testados enquanto lutam em conjunto para escapar a um inimigo ameaçador.
O SENHOR DOS ANÉIS – A GUERRA DOS ROHIRRIN
10 JAN. | Sexta-feira | 21h30 | Aventura | Animação | 134 min | M12
https://ticketline.sapo.pt/evento/o-senhor-dos-aneis-a-guerra-dos-rohirrim-89749
Realização: Kenji Kamiyama
Interpretação: Brian Cox, Gaia Wise, Luke Pasqualino, Miranda Otto, Christopher Lee, Lorraine Ashbourne, Yazdan Qafouri, Benjamin Wainwright, Laurence Ubong Williams, Shaun Dooley, Jude Akuwudike, Michael Wildman, Bilal Hasna, Janine Duvitski, Billy Boyd, Carlos Damasceno, Alex Jordan, Dominic Monaghan
Sinopse: Quase 200 anos antes dos acontecimentos da trilogia “O Senhor dos Anéis”, esta é a história do lendário Helm Hammerhand, Rei de Rohan, e de uma batalha que ajudou a moldar a Terra Média.
Um ataque repentino de Wulf, o implacável senhor de Dunlending que procura vingança pela morte do pai, obriga Helm e o seu povo a um último e ousado ato de resistência na antiga fortaleza de Hornburg – que mais tarde ficará conhecida como o abismo de Helm. Perante a situação cada vez mais desesperada, Héra, a filha de Helm, tenta descobrir a vontade de liderar o combate contra o inimigo que pretende aniquilá-los.
BABYGIRL
11 JAN. | Sábado | 21h30 | Thriller | 114 min | M14
https://ticketline.sapo.pt/evento/babygirl-89848
Realização: Halina Reijn
Vozes: Nicole Kidman, Harris Dickinson, Antonio Banderas, Sophie Wilde, John Cenatiempo, Anoop Desai, Victor Slezak, Maxwell Whittington-Cooper, Izabel Mar, Vaughan Reilly
Sinopse: Uma executiva poderosa põe em risco a carreira e a família quando inicia um caso tórrido com o seu estagiário bastante mais novo.
O BARCO DO AMOR
17 JAN. | Sexta-feira | 21h30 | Drama | Comédia | 96 min | M12
https://ticketline.sapo.pt/evento/o-barco-do-amor-89850
Realização: Bruno Podalydès
Interpretação: Daniel Auteuil, Bruno Podalydès, Sandrine Kiberlain, Denis Podalydès, Isabelle Candelier, Florence Muller, Éric Viellard, Jean-Noël Brouté, Dimitri Doré, Mina Onnen, Patrick Ligardes
Sinopse: Justine, o marido e o seu grupo de amigos arranjam uma solução para os seus problemas de dinheiro: organizar um falso cruzeiro romântico para Franck, um grande investidor, que procura seduzir uma mulher.
SONIC 3: O Filme
19 JAN. | Domingo | 11h00 | 15h30 | Ficção Cientifica | Aventura | 109 min | M6
https://ticketline.sapo.pt/evento/sonic-3-o-filme-vp-89856
Realização: Barry Jenkins
Vozes: Gonçalo Carvalho, Luís Barros, Marta Mota, Guilherme Barroso,Luís Luceca, Soraia Tavares, RicFazeres, Helder Tavares
Sinopse: Sonic, Tails e Knuckles enfrentam um novo e misterioso adversário, Shadow the Hedgehog, enquanto o Dr. Robotnik reaparece após a sua derrota com um novo plano.
BETTER MAN
25 JAN. | Sábado | 21h30 | Comédia | Drama | 131 min | M14
https://ticketline.sapo.pt/evento/better-man-89862
Realização: Kenji Kamiyama
Interpretação: Robbie Williams, Jonno Davies, Steve Pemberton, Damon Herriman, Raechelle Banno, Alison Steadman, Kate Mulvany, Frazer Hadfield, Tom Budge, Anthony Hayes, Jake Simmance
Sinopse: Sátira musical inspirada na vida da estrela da pop britânica Robbie Williams, acompanha o seu percurso desde a infância, pelo tempo em que foi o elemento mais jovem do grupo vocal Take That, até à carreira como artista a solo
PEQUENAS COISAS COMO ESTAS
31 JAN. | Sexta-feira | 21h30 | Drama | 97 min | M12
https://ticketline.sapo.pt/evento/pequenas-coisas-como-esta-89865
Realização: Tim Mielants
Vozes: Cillian Murphy, Emily Watson, Michelle Fairley, Eileen Walsh, Zara Devlin, Clare Dunne, Helen Behan, Ciarán Hinds, Ella Cannon
Sinopse: Bill Furlong, um pai dedicado, trabalha como comerciante de carvão para sustentar a família. Descobre segredos perturbadores guardados pelo convento local e desvenda as suas próprias verdades que o obrigam a confrontar o passado e o silêncio cúmplice de uma pequena cidade irlandesa controlada pela Igreja Católica.
2.ª SESSÃO
18 janeiro – 20h00
https://ticketline.sapo.pt/evento/acesso-restrito-andre-martins-89948/sessao/112366_1809_1737230400
18 JAN. | Sábado | 21h30 | 70 min | M16 ESGOTADO
Sinopse: Em “Acesso Restrito”, André do Karaté abre as portas dos seus pensamentos mais intrusivos e egoístas, expondo as fragilidades e intimidades que raramente se partilham. Uma jornada pelo lado mais íntimo e revelador da sua mente, onde o humor se encontra com a verdade.
Bilhetes: 12,00€
https://ticketline.sapo.pt/evento/acesso-restrito-andre-martins-89948
26 JAN. | Domingo | 16h00
CONCERTO SRFUA – Centenário da SRFUA
Bilhetes: 6,00€* – mediante levantamento prévio de bilhete no Auditório Municipal António Chainho
*valor atualizado após divulgação desta programação
Sinopse: Para assinalar o 100.º aniversário, a Banda da Sociedade Filarmónica União Artística de Santiago do Cacém apresenta o concerto comemorativo.
Organização: Sociedade Filarmónica União Artística de Santiago do Cacém
Apoio: Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Junta de Freguesia da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, Galp Energia e Repsol.
26 JAN. a 23 FEV
SRFUA – “CENTENÁRIO DA BANDA”
Sinopse: Exposição Comemorativa do Centenário da Banda da Sociedade Filarmónica União Artística de Santiago do Cacém
Inauguração da exposição no dia 26 de janeiro, pelas 15h30
Privilegie as reservas dos seus bilhetes via telefone: 269 750 410 ou e-mail: auditorio@cm-santiagocacem.pt
Venda de bilhetes
Terça a sexta–feira: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 16h00
Encerra: segundas-feiras e feriados, salvo se nesses dias estiver agendado algum espetáculo
Dias de espetáculo e cinema: 1h antes
269 750 410 “rede fixa nacional”
auditorio@cm-santiagocacem.pt
Só são válidas mediante confirmação do auditório
Pagamento multibanco disponível na bilheteira.
Esta possibilidade é apenas aplicada a iniciativas organizadas pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém
Dias em que pode haver sessões de cinema
Horário das sessões de cinema:
Sextas-feiras e sábados: 21h30 público geral
Domingos: 11h00 – 15h30 – público infantojuvenil
Preços dos bilhetes de cinema:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 1,60€ / adultos 3,20€
Filmes em 3D:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 2,60€ / adultos 4,20€ (óculos incluídos)
O Auditório Municipal António Chainho é um espaço que cuidou do acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Existem rampas de acesso e espaço para cadeira de rodas.
Quando saiu da tropa, estava decidido que o seu destino seria a guitarra portuguesa. Corriam os anos sessenta e António Chainho, alentejano e no vigor dos vinte anos, logo demonstrou o seu virtuosismo nas doze cordas. Para trás, ficava o café dos pais, em São Francisco da Serra (Santiago do Cacém), onde, aos oito anos, se tinha iniciado nas lides. O pai manejava a guitarra, pousada sobre a mesa de bilhar e sempre à disposição, com destreza; e o filho, aos treze anos, já se apresentava em público.
Inspirado em mestres como Armandinho, estreia-se na casa de fados A Severa, em meados dos anos sessenta, a que se seguiram atuações n’O Faia, n’O Folclore e no Picadeiro, de que aliás seria proprietário e onde foi dando azo ao seu amor pela guitarra portuguesa, acabando por formar o seu próprio conjunto de guitarras. Mas é quando acompanha Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara ou Hermínia Silva que Mestre Chainho começa a deixar marcas na história da guitarra portuguesa. Ela seria a sua noiva para o resto da vida. E, desde aí, não se cansou de a mostrar ao resto do mundo.
Estava há três anos em Lisboa quando a Emissora Nacional o convida para um programa de rádio – “Fados e Guitarradas” – em que atua, ao vivo e em direto, com o seu conjunto. Nele se agrupavam guitarristas como José Luís Nobre Costa e tocadores de viola como Raúl Silva e José Maria Nóbrega. Para quem tinha aprendido a tocar a guitarra de ouvido colado à telefonia, tinha chegado a vez de ser considerado um dos seus primeiros executantes enquanto autor de memoráveis recitais de guitarra transmitidos pela rádio em Portugal. É por essa mesma altura, em finais dos anos sessenta, que grava o seu primeiro disco, o LP Solos de Chainho, para a já extinta editora Rapsódia, seguindo-se mais três discos no mesmo formato para outras companhias discográficas.
O orgulho na sonoridade da guitarra portuguesa levou-o no entanto a inverter posições. E se o protagonismo de um recital não pertencer tanto à voz como ao dedilhar de uma guitarra? Porque não hão de os holofotes incidir no canto de um dos mais brilhantes instrumentos portugueses? As guitarras não têm de gemer sempre baixinho e António Chainho assume por isso o risco de enveredar por uma carreira a solo. Com a modéstia que é reconhecida aos grandes, chama os maiores artistas para cantar consigo, confirmando que a sua missão é levar pelos quatro cantos do mundo a sua amada.
Atua então em recitais por todo o mundo: a solo ou dividindo o palco com Paco de Lucía ou John Williams; em concertos isolados ou em festivais dedicados à guitarra como aconteceu em Córdova.Abre uma nova frente ao iniciar uma discografia em nome próprio com o álbum Guitarra Portuguesa e um segundo disco gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, abraçando decididamente uma carreira discográfica, exclusivamente composta por temas originais, agora com o selo Movieplay.
Num mesmo movimento, explora novas direções para o fado. Toca guitarra portuguesa no álbum Fura Fura de José Afonso e, com Rão Kyao, participa no álbum Fado Bailado. É altura de experimentar o contacto com outras culturas e abre a guitarra portuguesa à voz de cantoras como as brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém, a espanhola Maria Dolores Pradera e a japonesa Saki Kubota. Os convites sucedem-se e tomam formas insondáveis para quem não partilha o gosto pela reinvenção constante da guitarra portuguesa. Na coletânea Red Hot + Lisbon, acompanha a norte-americana kd lang no tradicional “Fado Hilário”.
Em 1998, já não consegue esconder a sua paixão e grava A Guitarra e Outras Mulheres, em que é acompanhado por Teresa Salgueiro (Madredeus), Marta Dias, Filipa Pais, Ana Sofia Varela, Elba Ramalho ou Nina Miranda (Smoke City), e por alguns dos músicos mais prestigiados da downtown de Nova Iorque (Bruce Swedien, Greg Cohen, Peter Scherer). A sua dedicação e talento são finalmente reconhecidos e o disco vende mais de vinte mil cópias, tornando-se uma referência na arte de bem tocar a guitarra portuguesa.
Mas é no Brasil – uma das suas paixões – que reencontra um brilho perdido e restabelece a ligação entre a música brasileira e a portuguesa. Com Celso Fonseca e Jaques Morelenbaum, habitual arranjador de Caetano Veloso, protagoniza o álbum Lisboa – Rio, cruzamento da tradição portuguesa com alguns clássicos da música brasileira. Sabendo da vocação universal da guitarra portuguesa, ergue então um novo marco da sua divulgação.
Os papéis voltam a inverter-se e agora Chainho é convidado para acompanhar as maiores vozes contemporâneas. O cantor lírico José Carreras não dispensa a sua colaboração num concerto no Pavilhão Atlântico; Adriana Calcanhotto chamou-o para junto de si numa das suas digressões em Portugal e Maria Bethânia convida-o para se apresentar em espetáculos no Rio de Janeiro e São Paulo. No Brasil, em Itália, ou no Japão, António Chainho insiste em divulgar a guitarra portuguesa. Em Portugal, é o mentor de um projeto que acalentou durante doze anos: a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa e hoje é respeitado como um renovador da tradição que outros lhe deixaram.
De há uns anos a esta parte, tem sido acompanhado, à viola, por Fernando Alvim – habitual parceiro de mestre Carlos Paredes, para quem construiu os arranjos da maioria do seu reportório.
A admiração e o respeito que sentem um pelo outro aliada a uma grande cumplicidade musical própria dos mestres faz com que em todos os novos projetos de António Chainho o amigo esteja sempre presente.
Por seu lado, desde a edição de A Guitarra e Outras Mulheres que Marta Dias tomou um lugar destacado ao lado de António Chainho. Em disco e em concerto, Fadinho Simples demonstrou ser um dos temas fortes.
No álbum, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém, é a única vocalista presente, emprestando o poder da sua voz à vontade de percorrer os caminhos da aventura.
Assim, entra pelos domínios do jazz, de soul ou até da música brasileira, sem nunca evitar o fado.
Neste espetáculo, António Chainho faz-se acompanhar por Eduardo Miranda e Tuniko Goulart, músicos brasileiros radicados em Portugal.
Incansável na reinvenção da guitarra portuguesa e sempre pronto a apostar nos novos valores, António Chainho deu oportunidade a uma nova voz revelação do Fado, Isabel Noronha. Juntos apresentam, há mais de três anos, um espetáculo em que a mestria da Guitarra Portuguesa se alia à voz única de Isabel.
As apresentações de Chainho continuam a surpreender um pouco por todo o mundo e fazem escola entre alunos na Índia, Japão, Marrocos e Brasil, mas foi a criação da escola de Guitarra Portuguesa em Santiago do Cacém, sua terra natal, que lhe deu um especial orgulho, pois permite-lhe ensinar esta arte que tanto gosta.