Descrição
O Auditório Municipal cumpre o compromisso do Município com a população: um recurso ao serviço das artes e da cultura.
É missão do Auditório Municipal António Chainho constituir um espaço de cultura, de aprendizagem e de atualidade artística, prestando um serviço público e promovendo o acesso da população a diferentes atividades culturais.
A programação do Auditório Municipal António Chainho é pautada pela qualidade e diversidade dos diferentes tipos de arte, com destaque para o cinema.
Com a atribuição da designação de António Chainho ao Auditório Municipal, o Município de Santiago do Cacém pretende prestar uma homenagem ao mestre da guitarra portuguesa, tendo como fundamento a valorização de um marco da identidade local, assim como estimular a aproximação dos munícipes e de quem nos procura ao inigualável património cultural do município de Santiago do Cacém.
O Auditório tem capacidade para 242 lugares, incluídos três lugares para pessoas com mobilidade reduzida.
O edifício é composto de dois pisos que albergam, além do palco e de espetáculos, uma cabine de projeção e uma cabine de som e luz, um camarim, uma sala de reuniões e a sala da direção.
A antecâmara de entrada, que serve de espaço de transição do exterior para o interior do edifício, comunica diretamente com a bilheteira, permitindo que o público adquira ingressos num espaço resguardado, sem haver necessidade de entrada no espaço do foyer, com o qual comunica.
O foyer, destinado à receção e permanência de público, possui, para o efeito, uma zona de informações/ bengaleiro, uma cafetaria e instalações sanitárias. Constitui-se ainda como a zona de acesso à sala do Auditório.
No segundo piso, existe uma zona que é uma extensão do próprio foyer e comunica visualmente com o mesmo através de uma galeria.
Programação
Devido ao confinamento geral anunciado, informamos que a programação do mês de janeiro no Auditório Municipal António Chainho está cancelada.
O Auditório Municipal António Chainho abre as portas ao público no dia 16 de junho, cumprindo as normas da Direção-Geral da Saúde. A primeira sessão de cinema realiza-se dia 19 de junho. Privilegie as reservas dos seus bilhetes via telefone 269 750 410 ou e-mail: auditorio@cm-santiagocacem.pt.
Exposição de Fotografia de Duarte Gonçalves – 10 Anos “120 Retratos”
“As fotografias são para mim as histórias que vos conto! Histórias de momentos vividos com emoções muito diversas! Permitir que essas histórias possam permanecer na memória de quem as vive e que possam ser recontadas pela imagem. É isto o que me verdadeiramente me move no mundo maravilhoso da arte de fotografar.
Por todas estas razões decidi mostrar um pouco de mim. Dos meus últimos 10 anos que andei por aí a fotografar. Acima de tudo ficam as inúmeras histórias que construí com todas as pessoas que fui tendo o gosto de conhecer.
Fica o meu relato e as fotografias falam por si. São 10 anos e 120 retratos.
Duarte Gonçalves”
Bilheteira
INFORMAÇÃO
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém informa que a bilheteira do Auditório Municipal António Chainho, está encerrada ao público dia 13 de fevereiro, por motivo de formação.
Agradecemos a compreensão de todos e todas no caso de eventuais incómodos causados.
Venda de bilhetes
Terça a sexta–feira: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 16h00
Encerra: segundas-feiras e feriados, salvo se nesses dias estiver agendado algum espetáculo
Dias de espetáculo e cinema: 1h antes
A venda de bilhetes apenas será efetuada na semana da realização do espectáculo/ cinema.
Reserva de bilhetes
Terça a sexta – feira: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 16h00
A reserva de bilhetes poderá ser efetuada após divulgação do espetáculo/cinema
A reserva deverá ser levantada até meia hora antes do início do espetáculo/cinema
Reserva por:
269 750 410
auditorio@cm-santiagocacem.pt
Só são válidas mediante confirmação do auditório
Pagamento multibanco disponível na bilheteira.
Esta possibilidade é apenas aplicada a iniciativas organizadas pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém
Dias em que pode haver sessões de cinema
Horário das sessões de cinema:
Sextas-feiras e sábados: 21h30 público geral
Domingos: 11h00 – 15h30 – público infantojuvenil
Preços dos bilhetes de cinema:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 1,60€ / adultos 3,20€
Filmes em 3D:
crianças dos 3 aos 12 anos inclusive 2,60€ / adultos 4,20€ (óculos incluídos)
O Auditório Municipal António Chainho é um espaço que cuidou do acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Existem rampas de acesso e espaço para cadeira de rodas.
Biografia de Mestre António Chainho
Quando saiu da tropa, estava decidido que o seu destino seria a guitarra portuguesa. Corriam os anos sessenta e António Chainho, alentejano e no vigor dos vinte anos, logo demonstrou o seu virtuosismo nas doze cordas. Para trás, ficava o café dos pais, em São Francisco da Serra (Santiago do Cacém), onde, aos oito anos, se tinha iniciado nas lides. O pai manejava a guitarra, pousada sobre a mesa de bilhar e sempre à disposição, com destreza; e o filho, aos treze anos, já se apresentava em público.
Inspirado em mestres como Armandinho, estreia-se na casa de fados A Severa, em meados dos anos sessenta, a que se seguiram atuações n’O Faia, n’O Folclore e no Picadeiro, de que aliás seria proprietário e onde foi dando azo ao seu amor pela guitarra portuguesa, acabando por formar o seu próprio conjunto de guitarras. Mas é quando acompanha Maria Teresa de Noronha, Lucília do Carmo, Carlos do Carmo, Francisco José, Tony de Matos, António Mourão, Frei Hermano da Câmara ou Hermínia Silva que Mestre Chainho começa a deixar marcas na história da guitarra portuguesa. Ela seria a sua noiva para o resto da vida. E, desde aí, não se cansou de a mostrar ao resto do mundo.
Estava há três anos em Lisboa quando a Emissora Nacional o convida para um programa de rádio – “Fados e Guitarradas” – em que atua, ao vivo e em direto, com o seu conjunto. Nele se agrupavam guitarristas como José Luís Nobre Costa e tocadores de viola como Raúl Silva e José Maria Nóbrega. Para quem tinha aprendido a tocar a guitarra de ouvido colado à telefonia, tinha chegado a vez de ser considerado um dos seus primeiros executantes enquanto autor de memoráveis recitais de guitarra transmitidos pela rádio em Portugal. É por essa mesma altura, em finais dos anos sessenta, que grava o seu primeiro disco, o LP Solos de Chainho, para a já extinta editora Rapsódia, seguindo-se mais três discos no mesmo formato para outras companhias discográficas.
O orgulho na sonoridade da guitarra portuguesa levou-o no entanto a inverter posições. E se o protagonismo de um recital não pertencer tanto à voz como ao dedilhar de uma guitarra? Porque não hão de os holofotes incidir no canto de um dos mais brilhantes instrumentos portugueses? As guitarras não têm de gemer sempre baixinho e António Chainho assume por isso o risco de enveredar por uma carreira a solo. Com a modéstia que é reconhecida aos grandes, chama os maiores artistas para cantar consigo, confirmando que a sua missão é levar pelos quatro cantos do mundo a sua amada.
Atua então em recitais por todo o mundo: a solo ou dividindo o palco com Paco de Lucía ou John Williams; em concertos isolados ou em festivais dedicados à guitarra como aconteceu em Córdova.Abre uma nova frente ao iniciar uma discografia em nome próprio com o álbum Guitarra Portuguesa e um segundo disco gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, abraçando decididamente uma carreira discográfica, exclusivamente composta por temas originais, agora com o selo Movieplay.
Num mesmo movimento, explora novas direções para o fado. Toca guitarra portuguesa no álbum Fura Fura de José Afonso e, com Rão Kyao, participa no álbum Fado Bailado. É altura de experimentar o contacto com outras culturas e abre a guitarra portuguesa à voz de cantoras como as brasileiras Gal Costa e Fafá de Belém, a espanhola Maria Dolores Pradera e a japonesa Saki Kubota. Os convites sucedem-se e tomam formas insondáveis para quem não partilha o gosto pela reinvenção constante da guitarra portuguesa. Na coletânea Red Hot + Lisbon, acompanha a norte-americana kd lang no tradicional “Fado Hilário”.
Em 1998, já não consegue esconder a sua paixão e grava A Guitarra e Outras Mulheres, em que é acompanhado por Teresa Salgueiro (Madredeus), Marta Dias, Filipa Pais, Ana Sofia Varela, Elba Ramalho ou Nina Miranda (Smoke City), e por alguns dos músicos mais prestigiados da downtown de Nova Iorque (Bruce Swedien, Greg Cohen, Peter Scherer). A sua dedicação e talento são finalmente reconhecidos e o disco vende mais de vinte mil cópias, tornando-se uma referência na arte de bem tocar a guitarra portuguesa.
Mas é no Brasil – uma das suas paixões – que reencontra um brilho perdido e restabelece a ligação entre a música brasileira e a portuguesa. Com Celso Fonseca e Jaques Morelenbaum, habitual arranjador de Caetano Veloso, protagoniza o álbum Lisboa – Rio, cruzamento da tradição portuguesa com alguns clássicos da música brasileira. Sabendo da vocação universal da guitarra portuguesa, ergue então um novo marco da sua divulgação.
Os papéis voltam a inverter-se e agora Chainho é convidado para acompanhar as maiores vozes contemporâneas. O cantor lírico José Carreras não dispensa a sua colaboração num concerto no Pavilhão Atlântico; Adriana Calcanhotto chamou-o para junto de si numa das suas digressões em Portugal e Maria Bethânia convida-o para se apresentar em espetáculos no Rio de Janeiro e São Paulo. No Brasil, em Itália, ou no Japão, António Chainho insiste em divulgar a guitarra portuguesa. Em Portugal, é o mentor de um projeto que acalentou durante doze anos: a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa e hoje é respeitado como um renovador da tradição que outros lhe deixaram.
De há uns anos a esta parte, tem sido acompanhado, à viola, por Fernando Alvim – habitual parceiro de mestre Carlos Paredes, para quem construiu os arranjos da maioria do seu reportório.
A admiração e o respeito que sentem um pelo outro aliada a uma grande cumplicidade musical própria dos mestres faz com que em todos os novos projetos de António Chainho o amigo esteja sempre presente.
Por seu lado, desde a edição de A Guitarra e Outras Mulheres que Marta Dias tomou um lugar destacado ao lado de António Chainho. Em disco e em concerto, Fadinho Simples demonstrou ser um dos temas fortes.
No álbum, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém, é a única vocalista presente, emprestando o poder da sua voz à vontade de percorrer os caminhos da aventura.
Assim, entra pelos domínios do jazz, de soul ou até da música brasileira, sem nunca evitar o fado.
Neste espetáculo, António Chainho faz-se acompanhar por Eduardo Miranda e Tuniko Goulart, músicos brasileiros radicados em Portugal.
Incansável na reinvenção da guitarra portuguesa e sempre pronto a apostar nos novos valores, António Chainho deu oportunidade a uma nova voz revelação do Fado, Isabel Noronha. Juntos apresentam, há mais de três anos, um espetáculo em que a mestria da Guitarra Portuguesa se alia à voz única de Isabel.
As apresentações de Chainho continuam a surpreender um pouco por todo o mundo e fazem escola entre alunos na Índia, Japão, Marrocos e Brasil, mas foi a criação da escola de Guitarra Portuguesa em Santiago do Cacém, sua terra natal, que lhe deu um especial orgulho, pois permite-lhe ensinar esta arte que tanto gosta.
Mestre António Chaínho – Uma biografia