O Prémio de Conto Manuel da Fonseca é concedido bienalmente e distingue uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa, por autor maior de idade, natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. O valor pecuniário atribuído à obra selecionada pelo Júri, é de 4000 euros e a obra vencedora é editada no ano seguinte. A receção de trabalhos decorre de 1 de março a 12 de abril de 2024.
Consulte o Regulamento
Prémio de Conto Manuel da Fonseca 2024
Regulamento do Prémio de Conto Manuel da Fonseca
Aviso do Diário da República n.º 15659-2020
Edital N.º 118 – 2020 – Alteração do Regulamento do Prémio de Conto Manuel da Fonseca
Conceitos e definições
Conto
Género de modo narrativo que se carateriza pela curta extensão, unidade e linearidade de ação ou sequência de microações, reduzido número de personagens, brevidade temporal e limitação espacial.
Coletânea de contos
Conjunto de três ou mais contos independentes, com estrutura e narrativa próprias.
Pseudónimo
Nome literário, geralmente não real e/ou inventado, com o qual alguns autores assinam as suas obras.
Autor Individual
Pessoa responsável de uma forma individual pela criação de uma obra, neste caso, literária. A autoria individual não comporta coautores, apenas contributos secundários, tais como ilustração, prefácio, etc., que, contudo, não se aplicam às obras concorrentes ao Prémio.
Obra original
Uma obra nova, criada e/ou inventada de raiz, não copiada, nem traduzida.
Obra inédita
Entende-se por uma obra inédita uma obra original não divulgada e não publicada (nem em suporte livro ou jornal, nem na internet), ou seja, uma obra que não seja do domínio público e que não foi objeto de prémios em concursos literários.
Perguntas Frequentes
Existe inscrição para o concurso?
Não existe nenhuma inscrição formal para o Prémio de Conto Manuel da Fonseca. Para participar no concurso basta dispor de uma obra inédita e remetê-la à Câmara Municipal respeitando o exposto no artigo 6º do Regulamento.
Há um número de contos mínimo e/ou máximo com que possa concorrer?
São admitidos ao concurso as coletâneas compostas por três ou mais contos. O número máximo de contos não se estabelece pelo Regulamento, limitando-se apenas o número máximo de páginas, até 120, de acordo com o estipulado no ponto 2 do artigo 6º do Regulamento.
Posso participar com trabalhos de autoria coletiva?
São admitidas ao concurso apenas as coletâneas de autoria individual, de acordo com o estipulado no ponto 2 do artigo 3º do Regulamento
Qual a idade mínima para concorrer ao Prémio?
O Prémio de Conto Manuel da Fonseca é aberto aos cidadãos maiores de idade (subentende-se por maior de idade um individuo que perfez 18 anos de idade), de nacionalidade portuguesa, e ainda a cidadãos naturais e / ou residentes em países de língua oficial portuguesa, de acordo com o ponto 1 do artigo 3º do Regulamento.
São admitidas a concurso obras infantis?
As obras de índole infantojuvenil não são admitidas ao concurso, de acordo com o estipulado no ponto 5 do artigo 5º do Regulamento.
Posso enviar a obra concorrente em suporte digital?
O Regulamento do Prémio de Conto Manuel da Fonseca prevê apenas o envio da obra a concurso em suporte de papel, o que garante o anonimato dos concorrentes, impossível de realizar através da submissão dos dados pessoais online.
Qual o tipo de encadernação com que devo apresentar a obra a concurso?
A Câmara Municipal não define qualquer tipo de encadernação, deixando estas especificações ao critério de cada concorrente. Não obstante, esta exigência deve-se à necessidade de manter a obra junta e de acordo com a numeração das páginas, para garantir a sua leitura correta pelos membros do júri.
Posso apresentar mais de uma obra a concurso?
De acordo com o exposto no ponto 5 do artigo 6º do Regulamento, o concorrente pode submeter ao concurso mais do que uma coletânea, desde que utilize pseudónimos diferentes e as envie em separado.
Qual o número mínimo de páginas?
O número mínimo de páginas não é definido pelo Regulamento, contudo os autores devem ter em conta que o objetivo primordial do concurso consiste na publicação da obra, o que implica a existência de um conteúdo válido e suficiente para a produção de um livro.
Qual a data limite para o envio da obra a concurso?
A obra a concurso deverá ser remetida por correio ou entregue em mãos no período definido bienalmente, para cada edição do Prémio, e divulgado atempadamente na página do concurso. A data no carimbo postal servirá de comprovativo do cumprimento dos prazos estabelecidos, de acordo com o exposto no ponto 6 do artigo 6º do Regulamento.
Quando é divulgada a composição do júri?
De acordo com o exposto no ponto 2) do artigo 9º do Regulamento, é da competência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém definir a composição do júri bienalmente, para cada edição do Prémio, respeitando ainda o exposto no artigo 4º, nomeadamente, a respetiva divulgação.
Quais são as atas de abertura e fecho de receção de obras?
De acordo com o exposto no ponto 3) do artigo 9º do Regulamento, é de competência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém definir os respetivos prazos bienalmente, para cada edição do Prémio, divulgados atempadamente na página do concurso.
Podem ser facultadas informações sobre as obras não premiadas?
Considerando o estipulado no ponto 7 do artigo 6º do Regulamento, são abertos apenas os sobrescritos com a identificação do(a) vencedor(a) e menções honrosas. Assim sendo e, desconhecendo as identidades dos restantes concorrentes, a Câmara Municipal não poderá prestar informações em relação a outras obras.
Qual o valor pecuniário do Prémio?
De acordo com o exposto no ponto 1) do artigo 9º do Regulamento, é da competência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém definir o valor pecuniário do Prémio bienalmente, para cada edição do Prémio, divulgado na página do concurso.
Qual é a data de cerimónia de entrega do Prémio?
De acordo com o exposto no ponto 4) do artigo 9º do Regulamento, é da competência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém definir a respetiva data, para cada edição do Prémio, referindo-se que a cerimónia ocorre em outubro, mês do aniversário de Manuel da Fonseca.
O movimento associativo constitui uma das riquezas sobre a qual assenta a identidade cultural do Município de Santiago do Cacém, onde as associações, além de locais de convívio e de reunião, são também espaços de amizade, cooperação, solidariedade, humanidade e cidadania.
No seguimento da política da Câmara Municipal de Santiago do Cacém no apoio às variadas vertentes da atividade desenvolvida pelas associações, reconhecendo e valorizando o papel que desempenham junto das populações, tanto na melhoria da sua qualidade de vida como na defesa das suas raízes culturais e na dinamização cultural da comunidade, a autarquia apoia e incentiva a atividade das associações no seio da comunidade local.
Associações Culturais
ASAS – Academia Sénior de Artes e Saberes de Santo André
Coletiva A2 – Bairro Azul
7500 – 100 Vila Nova de Santo André
269 185 38
asas.sandre@gmail.com
http://asas.chrome.pt
http://cantodasletras.blogspot.com
ARTECORGERAÇÃO – Associação Artes e Cor Geração
Centro de Atividades Alda Guerreiro
Bairro do Liceu
7500 – 160 Vila Nova de Santo André
Associação Cultural Amigos de Alvalade
Praça D. Manuel I
7540 – 021 Alvalade
geral@amigosdealvalade.pt
www.amigosdealvalade.pt
Associação Cultural Amigos da Banda Lira Cercalense
Rua Teófilo de Braga n.º 41
banda.lira.cercalense@gmail.com
7555 – 136 Cercal do Alentejo
Associação Cultural de Santiago do Cacém
Rua Dr. Manuel Arriaga n.º 20
7540 – 183 Santiago do Cacém
a.culturaldesantiagodocacem@gmail.com
AGACAVOALTE – Associação Grupo À Cante Alentejano Vozes Além Tejo
Coletiva do Bairro Azul nº 4 R/C Esq.
Passeio da Igualdade
7500 Vila Nova de Santo André
AJAGATO – Associação Juvenil Amigos do Gato
Centro de Atividades Pedagógicas Alda Guerreiro
7500 – 160 Vila Nova de Santo André
269 759 096
geral@gatosa.com
Associação Coral Vozes D’Arte
Bairro da Atalaia, Rua do Monte, Lote 38-A,
7500-110 Vila Nova de Santo André
coralvozesdarte@gmail.com
A DANÇARITA – Associação Artística e Cultural
Centro de Atividades Pedagógicas Alda Guerreiro (CAPAG), sala 13
7500 – 160 Vila Nova de Santo André
914 648 672
adancarita.geral@gmail.com
http://www.adancarita.com
Coral de Santa Maria da Santa Casa da Misericórdia de Santiago do Cacém
Estrada do Fidalgo
7540 Santiago do Cacém
269 818 210
GAC – Grupo de Animação Cultural de São Domingos
Rua Manuel da Fonseca n.º22
7540 – 415 S. Domingos
gacsaodomingos@gmail.com
Grupo Tem Avondo
grupotemavondo@gmail.com
Grupo de Cantares Regionais Os Amantes do Alentejo
Rua da Liberdade do Povo
7565 – 101 Mimosa – Alvalade
amantes_do_alentejo@hotmail.com
www.amantesdoalentejo.com.sapo.pt
Grupo Coral da Casa do Povo de Cercal do Alentejo
Rua da Parreira n.º5
7555- 119 Cercal do Alentejo
269 904 137
casa.povo.cercal@gmail.com
Grupo Coral e Instrumental Os Afluentes do Sado
Rua Sete Lote 244
7565 – 080 Alvalade
afluentesdosado@gmail.com
LUS`ALMA – Associação de divulgação, promoção cultural e artística
R. Manuel Dias Carvalho n.º 16 1.º Esq.
7500 – 200 Vila Nova de Santo André
geral.lusalma@gmail.com
Partilhapauta – Associação Cultural
Rua do Parque n.º 10
7540-172 Santiago do Cacém
partilhapauta@sapo.pt
Quadricultura Associação
Bairro 350 Fogos, 41 – 1.º Dto.
7500 – 200 Vila Nova de Santo André
quadricultura@gmail.com
www.quadricultura.net
Rancho Folclórico Ninho de Uma aldeia
Rua Zeca Afonso Lote 6
7540 – 321 São Bartolomeu da Serra
ranchoninhoaldeia@hotmail.com
Sociedade Harmonia
Coral Harmonia
Coral Harmonia Juvenil
Rua da Sociedade Harmonia
7540 – 161 Santiago do Cacém
coral.harmonia25@gmail.com
www.coralharmonia.net
Sociedade Recreativa Filarmónica União Artística
Rossio da Senhora do Monte
7540 -140 Santiago do Cacém
srfua.stc@gmail.com
Saiba como constituir uma Associação
Pessoa colectiva composta por pessoas singulares e / ou colectivas, reunidas por um objectivo comum, sem fins lucrativos. O primeiro passo é reunir com todos os elementos interessados em pertencer à associação, para serem escolhidas, no mínimo 3 pessoas, com o objectivo de denominar e identificar a associação.
Como constituir uma Associação passo a passo
Links úteis
CPCCRD – Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto
Alda Guerreiro Machado [1876-1943]
Biografia
Alda Guerreiro Machado nasceu em Santiago do Cacém, em 1878. Oriunda de uma família com tradição no campo das artes e letras (seu pai era pintor), o seu meio familiar favoreceu o desenvolvimento de uma grande sensibilidade e espírito crítico social, tornando-se numa notável poetisa. A sua obra não foi ainda compilada e publicada em livro, encontrando-se, por isso, dispersa por jornais e revistas da época.
Alda Guerreiro viveu numa época de agitação política, na sequência das lutas partidárias – desde o regicídio do rei D. Carlos, passando pela implantação da República até ao período conturbado que se seguiu. Pertenceu à geração dos intelectuais do séc. XIX e, tal como eles, aderiu à causa republicana. O seu nome ficou também ligado ao ensino, tendo fundado inclusivamente uma escola primária em sua casa. O Centro de Atividades Pedagógicas Alda Guerreiro, em Vila Nova de Santo André, perpetua o reconhecimento que lhe é devido como poetisa do seu tempo.
Ana Sofia Vítor [1992- ]
Ana Sofia Vítor nasceu a 10 de janeiro de 1992, em Beja, tendo passado toda a infância e adolescência a residir em Vila Nova de Santo André, concelho de Santiago do Cacém.
Em 2010, a autora ingressa no ensino superior, tornando-se estudante do Curso de Gestão, no ISCTE em Lisboa, mas mantém uma relação próxima com Vila Nova de Santo André.
Apaixonada pela escrita e pela leitura desde cedo, a autora começa a revelar aptidões nestas áreas durante o ensino primário. Atualmente, escreve por puro prazer, vendo na possibilidade de lançar um livro a concretização de um sonho e a oportunidade de continuar a desenvolver uma atividade que tanto a preenche, como a escrita.
Há alguns anos a autora enveredou pela literatura infantojuvenil, com a publicação da obra A menina pequena e a senhora grande, com a chancela de Edições Vieira da Silva, em 2012.
A autora já conta com dois livros publicados para a infância, com a edição de O gatinho da Lara desapareceu, em 2013.
António Arsénio [1929-2006]
Biografia
António Arsénio nasceu em 19 de junho de 1929, em Melides, concelho de Grândola. Mesmo tendo a infelicidade de sofrer uma paralisia aos três anos de idade, tinha uma ânsia de saber e aprender era uma constante na sua mente. A sua alma de poeta levava-o a tentar desvendar os mistérios dos símbolos fonéticos, de tal forma que, num dia de um mês de março, montado numa carroça construída por ele, veio de Melides a Brescos pedir ao professor Anaya para o preparar para a 3º classe. Nesse mesmo ano conseguiu não só a 3ª classe a 11/ 7/ 51, como a 4ª classe a 23/ 7/ 51, e ainda a admissão ao liceu a 2/ 8/ 51, esta no Liceu Nacional de Beja.
Inspirado pela veia literária e incentivado por amigos António Arsénio divulgou as suas construções poéticas na rádio local e no jornal regional O Leme, tendo participado em vários programas e editado os poemas da sua vida em Caminhos (1987) e Novos caminhos, em 1995.
António José Gonçalves [1937- ]
Biografia
António José Gonçalves, poeta popular natural de Santo André, nasceu em 1937 onde hoje se encontra edificado o Bairro Horizonte.
Provindo de uma família numerosa de dez irmãos, cedo sofreu a perda da mãe, tendo iniciado a sua vida nos trabalhos do campo aos cinco anos como guardador de gado. Cedo, também, descobre os serões da taberna e prende-se aos encantos da boémia e das cantigas ao desafio, o que despoleta o seu gosto pela poesia.
Filho de pai pedreiro, aos 12 anos é lançado nessa profissão e aos 16 frequenta o ensino noturno, tendo concluído o ensino primário na sua passagem pela vida militar. Homem dos sete ofícios, torna-se encarregado de obras aos 24 anos e aos 37 anos chega a fiscal principal a desempenhar funções nos Serviços de Manutenção do Gabinete da Área de Sines, que exerceu até à sua extinção.
A obra poética de António José Gonçalves, de cariz popular, transporta-nos para a descrição de uma história de vida em contexto rural. Na sua poesia estão gravadas as suas memórias, transversalmente cruzadas com a primazia da simplicidade através do verso e da rima, ao som das suas palavras.
António Gonçalves [1965- ]
Biografia
O autor é natural de Brescos, freguesia de Santo André, concelho de Santiago do Cacém, tendo nascido no ano de 1965. É autor de livros sobre as novas tecnologias, nomeadamente sobre programas informáticos e pesquisa na Internet.
António Jacinto Maria de Vilhena [1877-1943]
Biografia
António Jacinto Maria de Vilhena nasceu em 1877 no concelho de Santiago do Cacém. O autor foi professor dos Institutos Industriais e Comerciais de Lisboa, tendo editado livros sobre história e política local.
António de Macedo e Silva [1823-1887]
Biografia
O autor nasceu em Santiago do Cacém em 1 de setembro de 1823 e faleceu em Sines, em 30 de novembro de 1887.
Tendo sido Padre e estudiosos acérrimo do Município de Santiago do Cacém, pretendeu em 1853 criar a obra Annaes do municipio de Sant’Iago de Cacem, mediante a pesquisa em alguns apontamentos históricos sobre a sua pátria, reunidos e revistos para a impressão da obra em 1866.
António Manuel da Luz Cabrita [1958- ]
Biografia
António Manuel da Luz Cabrita nasceu em 22 de Setembro de 1958, na freguesia de S. Domingos da Serra, concelho de Santiago do Cacém.
Publicou o primeiro livro em 1979 “Reflexão” (poemas) e “Retalhos do Tempo” (poemas) em 1982 .
Publicou dois livros infanto-juvenis “Moinho de Vento e outros contos” em 1986 e “O Contador de Histórias e outros contos” em 1987.
É sócio da Associação Portuguesa de Escritores desde 1983.
António Serra Correia [1944- ]
Biografia
António Serra Correia, nasceu em Manteigas, no dia 17 de agosto do ano de 1944, onde viveu com sua família até aos seis anos de idade. Foi com essa idade que um dia partiu com todos os seus para Luanda, onde já se encontrava seu pai, havia já algum tempo. Frequentou a escola primária e em 1956 começou o então ciclo preparatório na Escola Industrial de Luanda, seguindo-se depois o curso de Laboratório Químico, e terminado este, começou a frequentar a então secção preparatória para os Institutos Industriais, apenas interrompidos pela obrigação do serviço militar.
Após ingressar na vida militar, escolheu o Regimento de Infantaria de Luanda para exercer as suas funções. Tornou-se assim instrutor militar e só foi para o mato cumprir quatro dos últimos seis meses de tropa. Só voltaria a sair de Luanda em setembro de 1975, tendo sido em Portugal que enfrentou as maiores dificuldades da sua vida. Assentou arraiais em Vila Nova de Santo André em janeiro de 1980 e exerceu funções na CNP até agosto de 1983, altura em que mudou de empresa para a Carbogal até atingir a idade da reforma.
António Serra Correia começou a escrever depois de reformado para dar corpo a um sonho antigo. Seu primeiro livro intitulado Geração Rejeitada é uma autobiografia e um relato do modo de vida que teve na sua infância e juventude, sem rejeitar a oportunidade de relatar alguns dos acontecimentos após o 25 de abril em Luanda e ainda os primeiros tempos em Portugal.
O segundo livro editado, intitulado O Soba Branco, é um romance de ficção inspirado em factos verídicos sobre a passagem por Angola de determinado militar no cumprimento do seu serviço obrigatório e depois, também ele, uma vítima dos tristes e trágicos acontecimentos após o 25 de abril.
Armando Ventura Ferreira [1920-1987]
Biografia
Armando Ventura Ferreira nasceu em 1920, em Olhão, Algarve mas adotou Santiago do Cacém como sua terra de eleição, onde completou a instrução primária e permaneceu até rumar a Lisboa, em 1943.
Escritor autodidata, a sua produção literária reparte-se por vários géneros literários: conto, poesia, ensaio, crítica e teatro. Com cerca de vinte anos começou a colaborar na revista Seara Nova, mantendo ao longo da vida uma colaboração assídua em jornais e revistas: Século Ilustrado, Vida Mundial, Árvore, Portugal Ilustrado, A Capital, O Diabo, Sol Nascente, Pensamento, Contravento, Cronos. Como ficcionista, estreou-se com Nocturno (1956), volume de contos, onde a existência não passa de um drama entre esperanças e desilusões. Em 1963, publica um novo livro de narrativas, intitulado História sem Retrato, que prima pela componente de confessionalismo lírico-dramático, o colorido e a precisão das situações e um vivo sentimento de solidariedade. Da sua obra poética salientam-se O Carro de Apolo (1977) e os poemas integrados nas obras coletivas Modernos Autores Portugueses: Contos e Poemas (1942), Desintegracionismo e Três Poetas na Cidade (s.d.). Ao género ensaístico pertencem os textos reunidos no volume Memória dos Mitos (1971). Em 1948, os Companheiros do Pátio das Comédias levaram à cena a sua peça O Gramofone, e em 1979 era publicada uma paródia à maneira vicentina, Barca do Inferno sem Glória. Para além de numerosas recensões críticas, prefaciou várias obras, das quais referimos: Um Homem da América, de André Bay (1960), Os Melhores Contos de Franz Kafka (1962) e A Porta dos Limites, de Urbano Tavares Rodrigues (3ª. ed., 1970). Tem um conto traduzido em russo, numa antologia de contistas portugueses, e outro publicado numa revista checoslovaca.
Artur Ceia [1959- ]
Biografia
Artur Ceia nasceu a 9 de Julho de 1959, em Lisboa, tendo estudado no Liceu Camões, no princípio da década de 70, e posteriormente na Faculdade de Letras de Lisboa, onde se licenciou em História, no início da década 80. Atualmente, exerce a sua atividade profissional na administração pública, onde se encontra a desempenhar funções desde 1980.
O autor publicou artigos na revista História e na revista de História Militar sobre a presença dos portugueses no Oriente e a atividade militar no século XIV.
É um adepto dos transportes públicos. Exemplo disso é este primeiro romance que publica, que foi escrito durante dezoito meses e, na sua maior parte, no trajeto diário que efetua entre a sua residência e o local de trabalho. Vive, desde 1988, no Alentejo litoral.
Augusto Deodato Guerreiro [1949- ]
Biografia
Augusto Deodato Guerreiro, filho de Manuel Guerreiro Paulo e de Ana Maria, nasceu a 17 de Janeiro de 1949, na freguesia de Alvalade (herdade da Olhalva), no concelho de Santiago do Cacém.
Homem das Letras, Augusto Deodato Guerreiro possui um vasto currículo, sendo licenciado em História pela Universidade Clássica de Lisboa e doutorado em Ciências da Comunicação, na especialidade de Comunicação e Cultura, pela Universidade Nova de Lisboa. A exercer funções de Técnico Superior Assessor Principal de Bibliotecas e Documentação e de coordenador do Gabinete de Referência Cultural (Pólo Interativo de Recursos Especiais) na Câmara Municipal de Lisboa, também se destaca no ensino como professor associado no Departamento de Ciências da Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e como Diretor do Mestrado em Comunicação Alternativa e Tecnologias de Apoio do mesmo Departamento.
Investigador e Professor universitário, Augusto Deodato Guerreiro tem vindo a fomentar e a desenvolver ações de índole científico e cultural nos domínios das Ciências Documentais e Ciências da Comunicação, da História, Literatura, Tiflologia e Deficiência em geral, da Gerontologia e Antropociência, bem como a proferir conferências (em Portugal e no estrangeiro) e a publicar artigos – cerca de 200 – sobre as matérias supra-referidas e livros nos âmbitos da Literatura, das Ciências Documentais e das Ciências da Comunicação, tendo sido galardoado com o Prémio de Mérito Científico (SNRIPD) na área das Ciências da Comunicação.
Augusto Rodrigues [1926-200(?) ]
Biografia
Augusto Rodrigues nasceu em Lisboa, no ano de 1927, sendo residente no concelho de Santiago do Cacém há 25 anos. Tem nas suas origens um percurso difícil e uma passagem pela Casa Pia de Lisboa, onde durante doze anos passou por diversas secções, e que caracterizou como sendo uma verdadeira ditadura escolar num regime austero. Após a conclusão do Curso Geral da Indústria e a sua prestação, como voluntário, na Marinha, o jovem militar alinha num movimento social e político contra a Segunda Guerra Mundial e cursa enfermagem.
Novelista, romancista, poeta, Augusto Rodrigues, é colaborador dos jornais Ecos de Estremoz, Diário do Alentejo (1973 -) e, desde 1984, coordenador de O Casapiano, é também autor de diversas peças de teatro radiofónico e tem várias obras inéditas.
A sua poesia , diversa e vária na estrutura, ora reflete o espaço e o lugar (o Alentejo), ora testemunha a luta pessoal por uma afirmação pessoal e poética, sempre dificultada pelas circunstâncias dum meio hostil. O seu discurso poético inclui variadas formas, desde o poema extenso à quadra curta e certeira – bem ao modo do Baixo Alentejo, onde viveu.
Carlos Teiga [1935- ]
Biografia
Carlos Teiga, autor residente no concelho de Santiago do Cacém, nasceu no ano de 1935. Professor do ensino secundário, escreveu obras de literatura, crítica literária, poesia e ensaio poético.
Cidália Ribeiro Lourenço
Biografia
Cidália Ribeiro, ribatejana por nascimento e vocação, apaixonou-se pela poesia aos nove anos de idade quando descobriu que a magia contida nas letras se poderia transformar em quadras.
Com o passar dos anos a menina transformou-se em mulher e a sua vivência refinou o conteúdo dos seus versos. Como resultado publicou o seu primeiro livro de poemas Folhas ao vento em 2000 e Nas asas do pensamento em 2006. Tem, também, participado em diversos programas radiofónicos, como autora de crónicas e poemas.
Constantino Pereira [1924 – ]
Biografia
Constantino Pereira nasceu a 6 de fevereiro de 1924 na freguesia da Abela, concelho de Santiago do Cacém. Foi através do trabalho do campo que delineou as primeiras poesias, retrato da ruralidade e da simplicidade da vida, tendo trabalhado cerca de 60 anos como “moural” de gado.
Em 1983 deixou de ser “moural” e foi morar para Ermidas onde, instado pelo filho, investiu numa taberna. A sua honestidade e simpatia nata fizeram o resto. Mas tudo se desmoronou com o falecimento da sua esposa, não se sentido com forças para prosseguir sozinho. E, com o avançar da idade (88 anos) a sua energia desvaneceu-se conquanto ainda continue a fazer rimas e sempre pronto a cantar animando os companheiros.
Domingos Carvalho [1919-2008]
Biografia
Domingos Carvalho nasceu no ano de 1919, em Alvalade-Sado, vila histórica do distrito de Beja. Filho de pequenos lavradores, foi aprendiz de caixeiro na sua terra natal e comerciante em Lisboa. Não se conformando com essa preparação elementar de limitados horizontes Domingos Carvalho decidiu juntar-se a outros colegas e amigos também interessados em adquirir algumas noções de Cultura Geral, socorrendo-se do ensino ministrado por escolas mais avançadas, utilizando lições por correspondência.
Mais tarde, já em Lisboa, prosseguiu os ambiciosos estudos enfrentando, com determinação, as limitações conjunturais e participando ativamente na oposição ao regime de Salazar. Dedicou-se ao combate contra as injustiças do regime corporativo e fascista, participando em todos os Movimentos Democráticos de oposição ao governo de Salazar e Caetano. A sua atividade nesta reforçada luta pela conquista da Democracia ficou marcada por exaustivas diligências conducentes à unificação. Em 1957, no auge da perseguição policial, fez parte da lista de candidatos pela Oposição à Assembleia da República.
Em 1984, Domingos Carvalho recebeu a medalha de Mérito Concelhio, entregue em Sessão Solene pela a Câmara Municipal de Santiago de Cacém e foi-lhe atribuída a categoria de sócio benemérito da Casa do Alentejo, concedida em Assembleia extraordinária realizada para o efeito.
Poeta e cronista de temática social, Domingos Carvalho esgotou edições e teve livros proibidos pela censura, tendo colaborado ativamente em diversos jornais e revistas na época.
Dulce Celeste Teixeira Gonçalves [1952- ]
Biografia
Dulce Celeste Teixeira Gonçalves, nascida em 1952 numa aldeia do Minho, licenciou-se em Filologia Germânica na Universidade Clássica de Lisboa. Profissionalmente, a autora exerceu a profissão de professora a trabalhar em escolas públicas, durante cerca de 30 anos, e paralelamente fez a aprendizagem em Reiki, Terapia Complementar, que foi utilizando de um modo voluntário, até hoje, com a criação de um grupo com outros terapeutas (LAReiki) com objetivos comuns: contribuir de um modo voluntário e gratuito para uma cada vez maior qualidade de vida.
Devido ao seu gosto em debater temas, organiza e dirige debates regulares, intitulados de “Crescimento Partilhado”, numa Academia Sénior de Artes e Saberes.
A viver há muitos anos no Alentejo, nele encontrou a beleza, indescritível e maravilhosamente verde, que já as terras do Norte lhe tinham acordado a sensibilidade estética e um enorme Amor pela Natureza e os animais.
Dulce Ramires
Biografia
Dulce Ramires, residente no concelho de Santiago do Cacém, é autora de É para ti, mãe, livro que tem como conteúdo uma reflexão sobre a família e os idosos. Trata-se de um livro autobiográfico, recheado de reminiscências do passado, onde a autora pretendeu exorcizar as suas memórias ao fazer uma homenagem a um dos grandes amores da sua vida, a sua mãe.
Eduardo Olímpio [1933- ]
Biografia
Eduardo Olímpio nasceu em Alvalade-Sado a 24 de janeiro de 1933, concelho de Santiago do Cacém. Depois de ter completado o curso dos Liceus, seguiu uma vida acidentada de experimentador de profissões, de onde se destacam as de caixeiro, livreiro, tradutor e editor, entre muitas outras atividades que muito o enriqueceram de experiências de vida e de vivências humanas. Poeta e prosador, dedica-se à escrita a tempo inteiro, sendo autor de livros de versos e de prosa, maioritariamente de literatura infantil, durante 20 anos.
Eduardo Olímpio está representado em várias antologias nacionais e estrangeiras, e alguns dos seus livros já foram reeditados.
Elisabete Raposo [1948- ]
Biografia
Elisabete Raposo nasceu a 21 de Junho de 1948 na freguesia de Cercal do Alentejo, concelho de Santiago do Cacém. É autora local do livro O tesouro da Cabeça da Cabra, cuja primeira edição foi lançada em 2004.
Elvira Coelho [1926- ]
Biografia
Elvira Pereira nasceu em Santiago do Cacém no ano de 1926. Alentejana de alma e coração deixou a sua terra natal aos 18 anos para rumar a Lisboa e estudar, manifestando interesse por Pedagogia e Estudos Sociais. Aluna do Mestre da Pedagogia, Dr. João de Deus Ramos, filho do poeta João de Deus, autor da Cartilha Maternal, Elvira Pereira escolheu o Serviço Social para seu percurso profissional.
Nos seus escritos manifesta uma dualidade permanente: está amachucada, sofredora até ao seu limite, e, num repente, é capaz de puxar força e transmitir esperança.
Fernando Reis [1963- ]
Biografia
Fernando Reis, natural de Santiago do Cacém, nasceu em 1963. É o autor da obra “Retalhos de um pensamento”, editado em 2005.
Francisco de Brito [1938- ]
Biografia
Francisco António de Brito nasceu em Santiago do Cacém em 9 de julho de 1938. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, cedo se dedicou à escrita em diversos géneros literários, detendo vasto acervo em prosa romanceada, contos, teatro, poesia multiplicada que, pelo menos, desde 1968 tem feito publicar em diversos periódicos, particularmente contos, poesia, crónicas de viagens e crítica literária, assinalando-se o Diário Popular, Defesa de Espinho, Notícias e outros enumeráveis. Foi editor e redator do boletim O Círculo, do CAT do Pessoal da Caixa de Previdência do Distrito de Coimbra.
De salientar a longa colaboração com o Jornal de Sintra, que fez merecer honra de correspondência com Fernando Namora, por iniciativa deste, pretendendo distinguir trabalho de análise publicado acerca de livros seus. Amante das Artes, dedicou-se à música, nomeadamente, através do Orfeon Académico de Coimbra, de que foi também membro dirigente.
Nos ócios impossíveis da intensa atividade profissional tenta ainda preencher superfícies em artes plásticas.
Francisco Mestre [1894-1986]
Biografia
Francisco Mestre nasceu em 14 de outubro de 1894, no Monte das Parreiras, da Freguesia de Vale de Santiago – Odemira, e faleceu em 29 de Novembro de 1986, em Santiago do Cacém, com a idade de 92 anos. O pai era trabalhador rural e tinha 7 filhos e Francisco Mestre para aliviar a precária situação do agregado familiar, cedo teve de sair de casa dos pais. Mais tarde, com 17 anos, foi almocreve na herdade de Combrais da freguesia do Vale de Santiago. Dos vinte para os vinte e um anos ( 1915 ), foi assentar praça em Faro, de onde transitou para Mafra. Só em 1922, se viu livre da vida militar, contando durante este tempo com os períodos em que foi desertor e esteve preso. O seu tempo de tropa coincidiu com um período conturbado da vida nacional e mundial, o que o levou a abraçar as ideias anarco-sindicalistas, a desertar por discordar da disciplina e das ideias políticas dos chefes militares da época, a evadir-se por várias vezes da cadeia, a fugir à G.N.R., a ser três vezes preso, com um total de 14 meses de cadeia e a participar, em Vale de Santiago, na Greve Geral de 18 de novembro de 1918, onde também participou José Júlio da Costa, o homem que abateu Sidónio Pais. Regressou definitivamente ao Vale de Santiago já com mulher e filhos, transformando-se em trabalhador rural.
Desde a primeira hora tornou-se militante do Partido Comunista, que foi fundado em 1921, tendo passado à clandestinidade após 1926. Por volta do ano de 1927, intensificou-se a perseguição a Francisco Mestre, pelo que teve de sair do Vale e ir fixar-se num lugar recôndito na Freguesia de São Domingos-Foros do Sobralinho, onde não mais foi incomodado pelas suas ideias políticas.
Francisco Mestre, ao conviver com vários poetas populares da região, começou a fazer poesia para responder às cantigas que lhe dedicavam.
Após a morte da mulher ainda viveu dois anos com os filhos. Passado este tempo entrou para o Lar dos Idosos de S. João de Deus, em Santiago do Cacém, no ano de 1975, onde viveu até à sua morte.
Graça Matos Sousa [1944- ]
Biografia
Graça Matos Sousa, autora residente no Concelho de Santiago do Cacém, tem os cursos de Educadora de Infância e de Psicopedagogia. Fundou e geriu dois jardins de infância e dedica-se à escultura, à poesia e à literatura infantil, tendo obtido, em 1986, o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores.
João Pereira Campos [1894-1985]
Biografia
João Pereira Campos nasceu a 1 de dezembro de 1894, no Monte do Luzio, freguesia da Abela, concelho de Santiago do Cacém, filho de Manuel Pereira Campos e de Antónia da Conceição, gente de origem humilde.
Em 1915, foi cumprir o serviço militar obrigatório aos 19 anos, tendo assentado praça no Regime de Infantaria 11 em Mafra. Em 1917 foi mobilizado para combater em França, tendo regressado a Portugal em 1919.
A sua vida foi dedicada aos trabalhos agrícolas sem nunca ter frequentado a escola, pelo que todas as suas cantigas foram memorizadas, tendo sido posteriormente manuscritas pelos seus familiares. Homem de poucas letras mas com muita experiência de vida, João Campos expressava as preocupações e amarguras de uma vida cheia de trabalho e dificuldades através da sua poesia popular, revelando também a sua grande confiança, sensibilidade e humanismo.
José Alberto Carmo Raposo [1947- ]
Biografia
José Alberto Raposo nasceu a 30 de maio de 1947 em Santiago do Cacém, onde passa a infância e a adolescência. Em 1968 ruma a Beja onde inicia o serviço militar que o leva até Coimbra, Lisboa e, mais tarde, Angola. Em 1972 elegeu Setúbal para exercer a profissão de técnico na Farmácia Lisboa.
Com alma de poeta, a sua produção literária está envolvida numa musicalidade recheada de simplicidade e sensibilidade, onde a amizade, o amor e a ternura se transformam em versos, com Afectos e cumplicidades.
José Alberto Teixeira Pinto [1916- ]
Biografia
O autor é filho de Sebastião José Teixeira e de Maria da Conceição Pinto Teixeira Hébil, tendo nascido a 1 de novembro de 1916, nas Minas da Serra da Caveira, concelho de Grândola. Casado com Maria do Natal Guerreiro, reside em Ermidas –Sado, tendo sido escriturário nas Minas do Lousal como chefe de secção.
José Pinto foi baterista, cenógrafo, ator, ceramista, decorador, escultor, pintor, desenhador, ilustrador e poeta. Mestre na arte do discurso, transpõe para a poesia a sua espiritualidade e valores, análises sociais e políticas refletindo sempre a sua alma de trovador.
José António Falcão [1961 -]
Biografia
José António Falcão, residente no concelho de Santiago do Cacém, nasceu em 1961. O autor dirige o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e pertence ao corpo docente da Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa. É Conservador da Igreja Matriz de Santiago do Cacém e Académico Correspondente da Academia Nacional de Belas – Artes.
José António Falcão possui uma vasta bibliografia, onde se destacam as suas obras de Historia Local e História da Arte.
José da Fonte Santa, pseud. [1925-1998]
Biografia
José Jacinto Romão Guerreiro, nasceu em 12 de março de 1925, em Colos, e residiu em Santiago do Cacém, onde faleceu em 28 de agosto de 1998.
Poeta, prosador e desenhador, José da Fonte Santa começou a publicar os seus trabalhos, na fase inicial da sua vida literária, no primeiro número do Caderno Encontros, publicado em Santiago de Cacém, de 1957 a 1968. Colaborou, com vários trabalhos da sua autoria, no jornal A Planície, publicado em Moura, e nas revistas Ocidente, em 1958, e Cooperação, no ano seguinte. Em 1954, publicou a novela Silêncio Quebrado. A sua poesia e desenhos encontram-se dispersamente publicados em páginas literárias de vários jornais e outras publicações periódicas. De referir ainda a sua participação na Antologia dos Poetas Alentejanos do Século XX, organizada por Francisco Dias da Costa, assim como a participação, com os seus desenhos, na Bienal de Artes Plásticas da Festa do Avante, em 1981, bem como o desenho para o 1º número da Alma Alentejana – Revista Cultural -, dedicada à sua terra adotiva.
João Manuel Martins Madeira [1955 – ]
Biografia
João Madeira, autor residente no concelho de Santiago do Cacém desde 1981, na cidade de Vila Nova de Santo André, nasceu no ano de 1955.
Licenciado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1982, João Madeira é também Mestre em História do Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, curso concluído em 1995. Em 2011, o autor envereda pelo Doutoramento em História Social e Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Atualmente, exerce funções como Professor de História do Quadro da Escola Secundária Padre António Macedo e dirige o Centro de Formação da Associação de Escolas do Alentejo Litoral.
Em diferentes períodos da sua vida, o autor foi membro da Direcção de diferentes associações, designadamente Associação Cultural de Santiago do Cacém, Cooperativa ESDIME (Messejana), Associação para o Desenvolvimento Educativo e Cultural do Litoral Alentejano (Santo André), Centro Cultural Emmerico Nunes (Sines), Associação José Afonso (Setúbal).
João Madeira é autor de mais de 70 comunicações a Colóquios e Encontros Científicos e mais de 50 trabalhos de História Contemporânea publicados em revistas, livros ou obras colectivas.
Luís Filipe Duarte [1949- ]
Biografia
Luís Filipe Duarte nasceu em 1949, tendo vivido em Santiago do Cacém até aos 18 anos, altura que partiu para Lisboa onde se licenciou no Instituto Superior de Economia. Alentejano da beira de água, marinheiro em mar de espigas e sobreiros, cantador e contador de histórias no silêncio que só a escrita lhe permite, publica, em 1990, o primeiro livro de poemas Do amor e de ti, sendo que o segundo livro intitulado Por dez réis de mel coado é o resultado de poemas escritos nos últimos anos.
Manuel da Fonseca [1911-1993]
Biografia
Manuel Lopes da Fonseca, natural de Santiago do Cacém, oriundo de uma família com origens em Castro Verde e Cercal do Alentejo foi escritor, poeta, contista, romancista e cronista. Cedo rumou a Lisboa, tendo iniciado a caminhada da sua formação académica no Colégio Vasco da Gama, passando pelo Liceu Camões, Escola Lusitânia e, ainda, pela Escola de Belas-Artes. Exerceu atividades muito díspares, quer na área do comércio, quer na da indústria, tendo ainda trabalhando em jornais e revistas e numa agência de publicidade. A sua atividade jornalística tomou lugar nesta altura da sua vida, tendo sido colaborador em diversas publicações como as revistas Afinidades, Árvore, Vértice, Altitude e os jornais O diabo e O diário. Aí encetou também a sua atividade literária, como poeta, romancista, contista e cronista – toda a sua obra retrata, porém, como poucas, a vida dura do Alentejo e do seu povo.
Respirando e vivendo as memórias do Alentejo, este é, na verdade, parte de um todo, e Santiago é o espaço do conhecimento e tempo da revelação, memórias indeléveis do seu primeiro mundo. A infância, a adolescência e o mítico Largo serão condicionantes da sua criatividade, observáveis em qualquer dos seus livros; e a ideia de se assumir cumulativamente como vagabundo é tão normal que a repete, tanto na sua poesia ou ficção como em prefácios ou entrevistas, deixando-nos assim uma imagem repassada por uma grande dor inicial: a de uma casa que verdadeiramente nunca teve.
Manuel da Fonseca foi um dos maiores escritores do neo-realismo literário português, sendo a sua obra fortemente autobiográfica, já que as personagens que recriou (delineadas por forças internas) e a realidade, nela descrita, estão intimamente ligadas a experiências vividas e a uma unidade psicológica extremamente coesa. Fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e, através da sua arte, manteve uma intervenção social e política muito importante, retratando a fortuna e as vicissitudes do povo. Foi membro do Partido Comunista Português e foi, também, presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Da sua obra como poeta destacam-se Rosa-dos-ventos (1940) e Planície (1941). A sua poesia é dotada de uma oralidade dramática impregnada de tradições e costumes populares.
Da sua obra como romancista destacam-se Cerromaior (1943) e Seara do Vento (1958), duas das obras que melhor representam o neo-realismo português.
Manuel da Fonseca escreveu ainda vários contos: Aldeia Nova (1942), O Fogo e as Cinzas (1951), Um Anjo no Trapézio (1968) e Tempo de Solidão (1973) que se destacam na sua criação literária.
Manuel Francisco Oliveira [1944- ]
Biografia
Manuel Francisco Oliveira, natural de Santiago do Cacém, nasceu a 16 de abril de 1944, tornando-se no autor de uma narrativa sobre o Ultramar.
Um soldado no Ultramar relata os factos de uma história real da guerra colonial, vivida pelos soldados, sargentos, oficiais e demais sociedade civil nas colónias portuguesas no continente africano. Este livro, tem todos os factos narrados ordenadamente, desde a partida da unidade no Continente para o Ultramar até ao regresso à unidade de mobilização. Tem o conteúdo duma forma métrica, em que a palavra que rima no quinto verso é diferente em todas as estrofes, enquanto que, o último verso de cada estrofe acaba sempre com a mesma palavra.
Manuel João da Silva [1923-2002]
Biografia
Nascido no concelho de Sines, em 1923, o professor e escritor Manuel João Silva radicou-se posteriormente em Santiago do Cacém, em 1960. Começou por trabalhar na agricultura ainda novo (com menos de 10 anos), mantendo-se nesta área até aos 25 anos. Foi mais tarde professor do 1º ciclo do ensino básico e um autodidacta que procurava sempre saber um pouco mais para melhor ensinar. Exerceu o professorado como regente escolar – antigo estatuto do professor que não possuía o curso do Magistério Primário, que viria a concluir em 1971 – para além de ter sido empregado de escritório na área comercial, entre outras atividades que entretanto desempenhou.
A vida dos trabalhadores rurais, a história local e todo o património oral da região têm um papel central nas suas narrativas e criações poéticas. Mostrou ser um grande conhecedor da cultura local e realizou inúmeras pesquisas históricas e etnográficas, com a preocupação de preservar a cultura e a tradição populares, de que resultaram muitos trabalhos que o Município de Santiago do Cacém tem vindo a divulgar: A Riqueza dos Falares Regionais I; O Mastro da Fonte Loba; Pobrezinhos e Malteses de Porro e Manta; Como era a Vida em Casa do Lavrador: Boieiros e Ganhões; Toponímia das ruas de Santiago de Cacém; Ermidas no Tempo e no Espaço e Feiras tradicionais do Município de Santiago do Cacém. Manuel João Silva colaborou também no jornal regional A Gazeta do Sul, editado no Montijo.
Manuel José Santinhos [1905-2001]
Biografia
Considerado um dos maiores poetas populares da região, Manuel José Santinhos nasceu em 24 de dezembro de 1905, no Tojal de Baixo da Ribeira de Baleizão, na freguesia de Santo André.
“Manel Zé do Tojal”, com menos de 10 anos começou a ajudar no pastoreio e aos 11 fez o primeiro poema – que se lembre -, para ser recitado numa venda; como prémio, obteve um rebuçado. Foi boieiro, ganhão e um dos bons porcariços, abegão, servente de pedreiro, cadeireiro, cesteiro, seareiro, agricultor, poeta popular e um profanista afamado. Foi objeto de estudo de muitos investigadores, o que lhe valeu uma considerável divulgação na comunicação social, a redação de obras académicas sobre o seu trabalho e uma projeção nacional.
Na sua poesia popular a fonte de inspiração é o mundo rural e os seus habitantes nas suas múltiplas atividades e facetas. As suas composições, tipicamente românticas, impregnadas de cultura popular e expressões e vocábulos de origens rurais, apresentam uma força expressiva objetiva, sem maneirismos de qualquer natureza, revelando um talento e intuição poética de grande riqueza. A sua obra poética é composta por quadras livres e obrigadas a mote, quintilhas, sextilhas, quadras de 40 pontos, com rima inteira e com sezura, outras com mote de um ponto e quadras de 60 pontos. O seu verso, regido por uma estrutura simples, demonstra um lirismo encantador e um tom melódico e rítmico intenso.
Este poeta é um dos muitos exemplos de figuras populares a retratar a alma das gentes da região, com louvável improvisação, nos mais variados temas: amor, sofrimento, tristeza, solidão, sentimentalismo, amor à terra, lirismo, vícios e defeitos humanos, quotidiano campesino e até a História, tanto em quadras soltas, como em quintilhas, sextilhas ou outras estruturas.
Manuel José Santinhos morreu aos 94 anos e tinha na memória todos os seus poemas, que foram publicados em livro graças à carolice de alguns amigos.
Maria Alice Luz [1941- ]
Biografia
A autora nasceu em 17 de abril de 1941, em Poço de Santana, freguesia de Cercal do Alentejo. Teve uma infância passada como qualquer outra criança, nos meios rurais.
Maria Alice não fez a instrução primária mas nos intervalos da labuta campestre dedica-se à leitura, sendo considerada por muitos uma autodidata com um grande poder de observação e vontade em adquirir novas experiências através do contato com as populações onde vai atuar como cançonista amadora.
Vivendo desde sempre num ambiente rural, Maria Alice apresenta-nos um trabalho «sui generis», uma poesia entre o popular e o erudito, talvez fruto da sua vida simples e da tendência inata para as «coisas da cultura». Ela ama a natureza e tudo o que a rodeia é tema para os seus versos. Apelando ao mundo e aos homens pela Paz, Fraternidade e Igualdade, toda a sua poesia é um verdadeiro hino de amor ao próximo.
Maria da Assunção Vilhena [1925 – 2008]
Biografia
No ano de 1925, Maria Assunção Vilhena nasceu em Santiago do Cacém. Em 1948 concluiu, em Évora, o curso de professores do Ensino Primário, cuja atividade exerceu apenas no ano letivo seguinte.
Tendo casado, em janeiro de 1950, com um natural da aldeia do Malhadal, concelho de Proença-a-Nova, passou depois alguns anos da sua vida no estrangeiro.
Na sua vida profissional e, após o seu regresso a Portugal, exerceu o magistério como professora de francês. Devido à falta de habilitação própria para o ensino secundário, Maria Assunção Vilhena ingressou no curso de Filologia Românica e desempenhou funções na Escola Secundária da Parede até à idade da reforma.
Sem ocupação compatível com o seu gosto pela cultura, Maria Assunção Vilhena decidiu dedicar-se à pesquisa etnográfica, atividade que veio a desempenhar no concelho de Proença-a-Nova.
Maria da Conceição Vilhena, [Santiago do Cacém, 1927]
Biografia
Maria da Conceição Vilhena nasceu em 1927 em Santiago do Cacém. Em 1965, cursa a licenciatura em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e, em 1975 tira o Doutoramento de Estado ès-Lettres pela Sourbonne, Paris, tornando-se professora catedrática.
A autora exerceu a sua profissão no ensino superior na Universidade de Aix-en-Provence, França, na Universidade dos Açores, na Universidade Aberta de Lisboa e na Universidade da Ásia Oriental em Macau. Mulher das Letras, Maria da Conceição Vilhena tem publicados acima de 150 trabalhos, desde livros a artigos, sobre literatura, linguística, etnografia e história.
Atualmente é aposentada e exerce funções como presidente da Associação Social dos Professores.
Maria da Piedade da Cunha Carneiro (Pietá)[1934- ]
Biografia
Maria da Piedade da Cunha Carneiro é natural de Trancoso, onde nasceu em 9 de dezembro de 1934 e reside atualmente em Santo André. Posteriormente emigrou com os seus pais para África, tendo ficado radicados em Luanda. Após o regresso à Metrópole, fixou-se em Lisboa com a finalidade de prosseguir os estudos, tendo sido aluna da escritora e pedagoga Matilde Rosa Araújo. Em 1954 casou em Lisboa, tendo partido novamente para África, concretamente para Moçambique, onde permaneceu até 1975, ano em que se radicou definitivamente em Portugal.
Na nota de apresentação de José Faria Bravo sobre Maria da Piedade da Cunha Carneiro na sua obra Em êxtase o leitor encontra uma pequena descrição da autora: “Com o pseudónimo de «Pietá», …. de há anos vem participando de saraus de exposições de poesia que ela própria diz e subscreve, assim como colaborando em jornais, revistas e programas na rádio tanto Nacionais como estrangeiras.
Para além de iniciativas tomadas quer por coletividades de recreio como por entidades oficiais e outras de solidariedade social de que tem participado desde há vários anos, a mais recente atuação foi no Sarau de Poesia integrado na VI Mostra Filatélica que o G.D.G.T.P. – Sul promoveu em Sines no dia de Camões de 1994, o que lhe proporcionou as mais elogiosas referências.”
Modesto Martins Lopes [Santiago do Cacém, 1940]
Biografia
Modesto Martins Lopes nasceu no dia 25 de abril de 1940, em Vale de Água, concelho de Santiago do Cacém, sendo filho de gente humilde. Tem como habilitações literárias a 4ª classe do ensino primário e foi serralheiro civil de profissão, tendo feito mais tarde o ciclo preparatório. A sua paixão pela poesia teve início aos 11 anos, com os primeiros versos de “A Bandeira Nacional” do seu livro A minha poesia : vi, pensei… escrevi.
Poeta, Modesto Martins Lopes, com apenas a instrução primária como habilitação literária, foi criador de poesia popular tradicional, lugar de manifestação dos seus pensamentos, das suas revoltas e angústias, revelador de um cunho biográfico forte onde as cantigas se transformam na voz das suas gentes.
Osvaldo Énio Nóbrega Machado Godinho
Biografia
Osvaldo Énio Nóbrega Machado Godinho nasceu no Lubango, Angola, as celebradas terras altas da Huíla. Chicoronho e bisneto dos povoadores de Angra do Negro, Mossâmedes (Namibe) idos de Olhão (gentes do mar) em 1860 pela linha paterna e neto dos voluntariosos colonos madeirenses que vencendo o deserto e a serra se quedaram no vale da Huila em 1884, segundo a linha materna. O seu crescimento igual aos demais foi desabrochando pelos montes, mulolas e anharas, aquecido pelo sol quente e iluminado pelo dulcificante luar africano. Serviu no exército e na PSPA como oficial do quadro complemento em Angola de 1960 a 1975, dos quais doze anos em zona operacional. Em finais de 1975, após a descolonização, regressou para Portugal com a família onde fixou residência em Vila Nova de Santo André.
No ano de 2011, Osvaldo Énio editou o seu primeiro livro de poesia Degraus, e em 2012 decidiu aventurar-se pelo romance e escreveu o livro Uma terra lá longe. Trata-se de uma viagem pela descolonização em Angola e o pré-25 de abril, cuja narrativa da obra está centrada num jovem aspirante a oficial miliciano e as suas vivências na guerra. O autor vive no Alentejo litoral para onde foi mourejar, encontrando aí “uma nova terra que tornou sua”.
Perpétua Arsénio [1922- ]
Biografia
A 7 de maio de 1922, nasceu Perpétua Arsénio na freguesia de Santa Cruz, concelho de Santiago do Cacém. Oriunda de uma família humilde, a autora iniciou a instrução primária aos 9 anos e em tenra idade descobriu a escrita e a leitura através da correspondência de cartas de amigas para os seus apaixonados que prestavam serviço militar em lugares longínquos.
Filha do campo, Perpétua Arsénio dedicava-se à lavoura e ao trabalho doméstico, tendo sido empregada doméstica em Elvas e posteriormente em Lisboa, cidade para onde partiu aos 24 anos para criar a sua filha. Aos 58 anos emigrou para o Canadá onde se encontrava o seu marido, que já aí residia havia alguns anos.
Tendo como mentora a sua mãe, Perpétua Arsénio escreve Pedaços da minha vida, livro autobiográfico, reflexo das suas vivências e experiências de vida.
Sebastião Franquezas [1913-1994]
Biografia
Sebastião Franquezas, poeta popular natural de Santiago do Cacém, nasceu em 1913. O autor foi desde cedo um apaixonado por “cantigas” e pelas “letras”, usando a memória como o refúgio da sua inspiração.
De acordo com a biografia do autor, a sua “escola” foi guardar gado desde os 8 aos 15 anos, tendo aprendido a mestria da escrita com a ajuda de uma ardósia (pedra laja) e de um lápis, onde rasurava as letras que captava em qualquer jornal. A sua aprendizagem deveu-se à ajuda de um amigo que lhe transmitiu a regra do ABC, tendo iniciado o autor os caminhos da escrita com o desenhar das letras para depois formar as palavras.
Aos 18 anos já dominava a leitura e a escrita, com alguma dificuldade, no entanto não deixou de abraçar as suas “cantigas”, umas que havia aprendido, outras tantas que eram criadas por si. A sua poesia popular pode ser encontrada no livro do autor, intitulado 150 poesias de Sebastião Franquezas, retrato das suas gentes e da sua época.
A Associação de Municípios da Região de Setúbal e os seus municípios associados lançaram a Agenda Cultural Regional Acontece. Conheça o que está a Acontecer
Os munícipes, turistas e visitantes podem aceder à plataforma e uma aplicação digital móvel – para android e ios – onde podem consultar as diversas iniciativas de caráter cultural que são promovidas pelos Municípios da Região de Setúbal. Pode também ser consultada on-line em: https://www.aconteceagenda.pt/
De uma forma centralizada, simples e unificada podem ficar a conhecer quais os grandes ou pequenos espetáculos, feiras ou festas, exposições ou eventos desportivos que a Região de Setúbal tem para oferecer.
Processo de classificação
SOCIEDADE HARMONIA
Classificado como monumento de interesse municipal Anúncio de retificação nº 71/2021, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 74, de 16 de abril de 2021
Processo de Classificação
CORTICEIRA SÃO FRANCISCO
Publicação em Diário da República de Aviso de abertura de procedimento