O Consulado Geral de Portugal em Sevilha (Espanha), recebe hoje a conferência de apresentação da 13.ª edição do Festival Terras Sem Sombra, já depois da apresentação do programa que ocorreu em Serpa, estando já confirmada nova passagem do Festival de Música Sacra do Baixo Alentejo por Santiago do Cacém.
diocese
Santiago do Cacém vai ter Centro UNESCO para a Arquitetura e a Arte Religiosas
A Capela de São Jorge e a Casa de Chá da Tapada do Castelo, em Santiago do Cacém, vão albergar o primeiro Centro UNESCO em Portugal destinado à salvaguarda e valorização do património cultural religioso. O protocolo para a criação do espaço foi assinado no dia 19 de julho, na Sala de Sessões da Sede do Município.
Os edifícios para o Centro UNESCO para a Arquitetura e a Arte Religiosas foram cedidos pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém e o protocolo foi assinado pela Comissão Nacional Portuguesa da UNESCO, pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, pela Pedra Angular – Associação dos Amigos do Património da Diocese de Beja e pela Real Sociedade Arqueológica Lusitana.
Álvaro Beijinha, Presidente da CMSC, reconhece “uma importância muito grande” na criação deste Centro. “Termos a chancela da UNESCO em Santiago do Cacém é motivo de orgulho. Esta é uma parceria entre várias entidades, onde a CMSC também se integra, embora não seja subscritora do protocolo, mas disponibilizou os edifícios para sediar o Centro. É o reflexo também da longa parceria que nós temos tido com Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja”.
O Presidente da CMSC ressalva a “disponibilidade total para abraçar este projeto” manifestada pela autarquia “desde a primeira hora”. Para que a implementação do Centro se efetive, ainda há trabalho a fazer, nomeadamente “na recuperação da Casa de Chá e da Capela de São Jorge, que foram intervencionadas pela Câmara há uns anos atrás. Contudo, na altura, não foi possível a recuperação dos seus interiores e hoje, com este projeto, também temos essa mais-valia. São edifícios que representam um momento histórico importante em Santiago do Cacém, no início do século XX. Estamos também, desta forma, a contribuir para a valorização desse património”, destaca Álvaro Beijinha.
José António Falcão, Diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, destaca o pioneirismo do Centro. “É a primeira vez que se cria, no nosso país, um Centro UNESCO especificamente destinado à salvaguarda e valorização do património cultural religioso. A arquitetura e a arte religiosas vão ser o grande objetivo deste Centro, que visa, sobretudo, a disseminação de boas práticas e também a partilha da própria experiência que o Alentejo tem vindo a realizar neste domínio da proteção, da conservação e da promoção das suas igrejas históricas, mas também de outros patrimónios de caráter religioso”.
A escolha de Santiago do Cacém para a localização do Centro prende-se com o facto de ser “uma das terras que tem vindo a colaborar há mais tempo com o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. É um trabalho consolidado. Além disso, sendo a Diocese de Beja uma diocese que toca dois distritos – Beja e a zona sul de Setúbal – pareceu-nos que fazia todo o sentido que este Centro UNESCO pudesse estabelecer-se aqui”, sublinha José António Falcão.
A representação da Comissão Nacional da UNESCO no protocolo esteve a cargo do Ministro plenipotenciário Jorge Lobo de Mesquita. O responsável destaca “o empenho das entidades em criar um organismo que polarize, mobilize e dinamize a reabilitação de património, que tem uma grande ocupação neste espaço. É necessário concentrar recursos e saberes para esta salvaguarda e colocar Santiago do Cacém numa cartografia da cultura da paz e da defesa da identidade, com um projeto que ligue o passado e o futuro”.