
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém está solidária com a população de Cercal do Alentejo que, dia 8 de fevereiro, se concentrou frente ao posto da GNR da freguesia. A ação promovida, pela Junta de Freguesia, juntou uma centena de populares que exigiram a reposição dos efetivos do posto e das respetivas viaturas, para que as condições de proteção e segurança das populações sejam garantidas. A Junta de Freguesia do Cercal do Alentejo e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém vão, em conjunto, avançar com um pedido de reunião ao Ministério da Administração Interna.
O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, presente na concentração relevou que de “forma informal nos comunicaram da saída, por mobilidade, de sete militares deste posto, o que nos deixou surpreendidos, porque só deveriam ter saído depois de assegurada a sua substituição.” O autarca questionou o Comando Distrital e a resposta foi de que “em abril os efetivos serão repostos, mas tememos não seja em igual número, o que nos deixa preocupados.”
Álvaro Beijinha sublinhou que “a segurança é um direito, assim sendo a Câmara Municipal vai continuar a acompanhar esta matéria. Porque o encerramento de serviços públicos é um prejuízo claro para as populações, por isso a nossa reivindicação é que sejam mantidos os efetivos, a bem da qualidade de vida das populações.” O autarca terminou a sua intervenção apelando à “união da população e autarquias nesta luta”.
O Presidente da Junta de Freguesia, Sérgio Santiago, justificou esta ação “perante a redução drástica, de cerca de metade, dos efetivos no posto da GNR, o que põe em causa o seu funcionamento.” Com esta situação “fica quase limitado aos atendimentos quando tinha autonomia para fazer patrulhamentos garantindo a proteção e segurança dos cercalenses.” Em busca de uma resposta enviou e-mails ao Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro e Ministério da Admiração Interna. “Até à data não obtivemos respostas, e as perspetivas deixam-nos preocupados principalmente quando se avança que este posto pode ser agrupado ao de Sines, o que não faz sentido e compromete a sua capacidade operacional.”
A reposição dos efetivos é também “incerta, porque não nos foi dada nenhuma garantia firme de que iremos ter de volta o mesmo número de guardas que eram 16, para a normalização da situação.” A ausência da viatura no posto de Cercal do Alentejo é outra preocupação, “foi-nos dito em janeiro que iria regressar e desde essa altura que estamos a aguardar.”
A ação contou, ainda, com a intervenção do porta-voz da Comissão de Utentes do Litoral Alentejano, Dinis Silva, e a presença solidária com a população das vereadoras da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Sónia Gonçalves e Susana Pádua, dos membros do executivo da Junta de Freguesia e do Presidente da Assembleia de Freguesia do Cercal do Alentejo.